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DESVENTURAS EM SÉRIE

Mulherengo de How I Met Your Mother retorna com vilão sem escrúpulos

Fotos: Joe Lederer/Netflix

Neil Patrick Harris em cena como o Conde Olaf de Desventuras em Série, da Netflix - Fotos: Joe Lederer/Netflix

Neil Patrick Harris em cena como o Conde Olaf de Desventuras em Série, da Netflix

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 13/1/2017 - 6h02

Famoso por interpretar o mulherengo Barney Stinson em How I Met Your Mother (2005-2014), o ator Neil Patrick Harris volta nesta sexta-feira (13) ao universo dos seriados com Desventuras em Série, nova produção da Netflix baseada nos 13 livros de mesmo nome escritos por Daniel Handler, sucesso em todo o mundo.

As obras, sobre três irmãos órfãos e suas aventuras trágicas, foram adaptadas para o cinema em 2004, com Jim Carrey no papel do malvado Conde Olaf, que agora é interpretado por Harris. As comparações serão inevitáveis, mas o ator não se incomoda.

"Barry Sonnenfeld [diretor e produtor] me disse para não assistir ao filme, porque eu nunca o tinha visto. Mas eu assisti, porque ninguém me diz o que fazer (risos)", contou Harris, sempre bem-humorado, durante sua passagem pelo Brasil na CCXP (Comic-Con Experience), em dezembro.

"Gosto de ter o máximo possível de informações, saber o que já foi feito. E eu achei a interpretação de Jim muito boa, mas o filme é um pouco injusto com ele e com o resto do elenco, porque juntam muitos livros em pouco tempo, então os atores não tiveram a chance de desenvolver de verdade seus personagens", completa.

Se o problema do filme foi falta de tempo, a série corrige isso: cada livro é adaptado em dois episódios. Dessa forma, a primeira temporada, com oito capítulos, é baseada nos quatro livros iniciais. Um eventual segundo ano adaptará as cinco obras seguintes e a terceira temporada encerraria com os quatro livros finais.

Harris, aliás, se tornou fã dos escritos de Handler e sente a pressão de honrar os outros leitores. "Minha principal responsabilidade era fazer jus aos fãs dos livros, ao universo que eles construíram em suas mentes enquanto os liam".

A trama segue fielmente a história dos livros: os três irmãos Baudelaire, Violet (Malina Weissman), Klaus (Louis Hynes) e Sunny (Presley Smith), perdem os pais em um incêndio que destrói a casa em que moram e precisam ir morar com o parente mais próximo, Olaf. Só que o guardião não está nada disposto a cuidar das crianças e faz de tudo para se livrar delas.

"Ele é mau só pela maldade mesmo, não tem uma justificativa, um trauma de infância. E isso é muito divertido, porque geralmente o ator tenta fazer algo mais contido, um personagem com quem o público possa se identificar de alguma forma. Com ele, não tem nada disso", explica Harris.

Harris, fantasiado como o Capitão Sham, ao lado do ator K. Todd Freeman na série

Maquiagem pesada
Para Desventuras em Série, Neil Patrick Harris teve que passar por um longo processo de maquiagem. "Só para viver o Olaf, eram de duas horas e meia a três horas para que tudo fosse aplicado. Eu nunca tinha feito nada com tanta maquiagem. Em How I Met Your Mother até tive uma experiência, mas foi só por um dia", conta ele.

O astro ainda precisava de tempo adicional para "montar" as outras identidades que Olaf assume para tentar se livrar dos três irmãos, como um médico italiano e um capitão de navio. "O legal é que ele se acha um ótimo ator, mas é muito canastrão, então dava para exagerar na atuação", diz.

Desventuras em Série também faz com que Harris volte ao mundo dos atores infantis. Hoje com 43 anos, ele atua desde os 14 e, com 16, já era protagonista da série Tal Pai, Tal Filho (1989-1993), na qual vivia um adolescente prodígio que ia trabalhar como médico.

"As crianças da série são ótimas. E não é fácil ser um ator infantil, porque há tantas regras para conciliar as gravações com a escola. Nós ensaiávamos, eles precisavam parar para estudar, aí voltavam, gravávamos um pouco, paravam novamente... Pode ser difícil manter o nível da atuação com tantas pausas", conta

Harris não precisou dar muitas dicas para os jovens colegas sobre os desafios da profissão. "Quando pediam, eu ajudava. Mas, na maior parte do tempo, eu tentava me manter com a personalidade de Olaf. O que eu sempre achei bem pretensioso quando ouvia outros atores dizerem, mas com toda aquela maquiagem, eu precisava [me manter no personagem]. Chegava para as crianças e falava: 'Por que vocês são tão talentosos? Parem de ser tão charmosos, vocês me enojam' (risos)".


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