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NOTURNOS

Marjorie Estiano vive garota de Ipanema do inferno em nova série de terror

DIVULGAÇÃO/CANAL BRASIL

Marjorie Estiano de biquini vermelho, maquiagem vermelha, posa para foto em cemitério na série Noturnos

Marjorie Estiano em cena como Ana, sua personagem fantasmagórica e apavorante na série Noturnos

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 21/10/2020 - 7h00

Após viver a médica Carolina de Sob Pressão, Marjorie Estiano aparecerá na TV na pele de uma mulher muito menos benevolente. Ela está em um episódio da série de terror Noturnos, que estreia nesta quarta (21) no Canal Brasil e no Globoplay. A personagem, ao mesmo tempo sensual e fantasmagórica, é descrita pelo diretor como uma "garota de Ipanema do inferno".

"Marjorie vive o lado B da garota de Ipanema, sob o olhar masculino, uma mulher na praia. Mas é uma coisa muito sombria", explica Marco Dutra, diretor-geral de Noturnos.

Ele faz a referência à garota de Ipanema porque, assim como a música, Noturnos tem toque de Vinicius de Moraes (1913-1980). Todos os seis episódios são baseados em poemas e contos sombrios do autor, publicados entre 1930 e 1950.

A série parte da premissa de que um grupo de atores fica preso num teatro em que ensaiavam um musical por conta de uma chuva que inundou a cidade. Durante a noite, eles contam histórias de terror --cada episódio tem sua história, com estéticas e diretores diferentes.

No episódio de Marjorie, ela vive Ana, uma mulher muito sedutora e também muito pálida, quase translúcida, de aura fantasmagórica e de luxúria. Ela encanta dois homens, e no jogo de poder entre eles surge a questão da violência contra a mulher.

"O conto [de Vinicius de Moraes] é adaptado à luz do que a gente discute hoje. Todos os episódios têm possibilidade de reflexão. Acho que o feminicídio é um dos grandes horrores que a gente vive aqui no Brasil, e trazer isso como discussão é sempre uma possibilidade de avançar nesse horror. É o caminho pra se transformar, pra se avançar na compreensão daquilo que é doentio, sobretudo pra que a gente possa viver cada vez mais em harmonia, em liberdade", diz a atriz.

Além de flertar com diferentes gêneros do terror, como o psicológico e a ficção científica, Noturnos traz a cada episódio tramas inspiradas em questões sociais. Há um capítulo que se passa no século 18, numa fazenda com escravos, e lida com o racismo. Outro explora o fanatismo religioso e o preconceito de um pai contra um filho transgênero.

"Acredito que os filmes de terror lidam com um medo maior do que a morte, o medo de deixar de ser humano, da intolerância. Não é a toa que muitos filmes de vampiro lidam diretamente com LGBTfobia, por exemplo. São assuntos da gente, da humanidade. O terror mexe com alegorias da sociedade", afirma Renato Fagundes, roteirista e criador de Noturnos.

A partir desta quinta, a série estará disponível na íntegra para assinantes do Globoplay.


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