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A HISTÓRIA DELAS

Jacqueline Sato vive modelo falida e mergulha em relação com agiota em série

Divulgação/Andrea Dematte

Jacqueline Sato faz carão em foto de divulgação

Jacqueline Sato em foto de divulgação; atriz está no elenco da série A História Delas

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 4/12/2023 - 8h00

Jacqueline Sato encara um papel completamente fora do estereótipo em A História Delas, série que estreia no Star+ na próxima quarta (6). A atriz vive Mirella, uma ex-modelo falida e dona de uma clínica de depilação a laser que enfrenta questões complicadas no casamento com um agiota (Leo Jaime).

"Mirella vive na Vila Manhattan, mesmo bairro da personagem da Cris Vianna. É extravagante, alto-astral e deslumbrada, apesar de 'tudo o que deu errado'. Como dá para perceber, é uma personagem que não tem nada dos estereótipos que muitas vezes são atribuídos a mulheres amarelas. Isso, logo de cara, já me ganhou. É com papéis não óbvios que quero construir minha carreira", valoriza a artista em conversa com o Notícias da TV.

A história gira em torno de Marta (Cris Vianna), uma ex-babá que agora é dona do próprio negócio. Ela acaba tendo de abrigar em casa a ex-patroa Isabel (Letícia Spiller) e a filha dela, Ana Rosa (Bia Arantes), depois da prisão do marido da ricaça. A presença das hóspedes bagunça a vida de Ana Jasmim (Emma Araujo), filha de Marta.

Jacqueline fala com admiração sobre o trabalho da produção para tratar de uma trama cheia de temas fortes.

"A equipe conseguiu costurar tão bem assuntos sensíveis e importantes num enredo que faz a gente ficar sentada na ponta da cadeira, se indignar, chorar, rever a própria vida, os comportamentos que precisam ser mudados na sociedade como um todo, as injustiças, mas também aquilo que ainda nos faz ter esperança, a nossa humanidade, capacidade de conexão e empatia e o quanto as diferenças podem ensinar e fortalecer a todas nós", adianta.

"Achei lindo desde o roteiro até a escalação das personagens e a composição da equipe no set. Dava pra ver o cuidado que se tinha ao abordar os assuntos e essa diversidade real a que se propõe a série, tanto na tela quanto nos bastidores. Isso é precioso demais. Agradeço imensamente a oportunidade de fazer parte dessa história", afirma a atriz.

Privilégios em xeque

Ela promete ainda que a série mexerá com a empatia do público: "Quando a gente entende que há sim diferenças, entende o lugar que se ocupa, os privilégios que se tem ou não, e age com consciência em prol à mudança de forma empática, passa a ser possível uma conexão e transformação real. Creio que muitas das personagens vivem isso através de A História Delas".

Mas a atriz também admite que será difícil não sentir um certo ranço das madames. "Acho que uma torcida de nariz para atitudes das protagonistas ricas será inevitável em alguns momentos, mas aos poucos vamos também nos aprofundando em circunstâncias que contribuíram para que elas se mostrassem daquela maneira, de forma alguma justificando", diz, aos risos.

"Existe um link com o como aquele pensamento foi criado, e, principalmente, vemos a reconstrução destes pontos de vista, destas humanidades, que se transformam ao longo da jornada. Aí é onde a gente tem mais chances de se conectar", detalha.

"Existe uma tendência de que cada vez mais os personagens tragam uma tridimensionalidade que faz com que a gente tenha uma empatia por eles, mesmo que não o tempo todo, mesmo com seus defeitos. Com atitudes 'sem-noção', passamos a ver também suas dores, os dilemas e a capacidade de transformação e superação dos obstáculos", reflete.

No fim, o que nos conecta enquanto seres humanos vai muito além das nossas 'cascas', classes, gostos. Em ambos os lados da trama, há momentos em que, na minha humilde opinião, a gente se conecta com cada uma delas.

A História Delas traz uma situação inversa da mostrada em Que Horas Ela Volta (2015), com a patroa tendo de adentrar na realidade da ex-empregada.

"Essa 'invasão' de fato acontece. E ela incomoda a todas as envolvidas, mas também ao público. Pelo menos eu, ao ler, me incomodei muito. Pude sentir o quão sufocante e limítrofe era pra cada uma delas, em muitos momentos. Obviamente, de início percebemos somente os contrastes, aquilo que impõe um abismo entre elas, mas aos poucos a aproximação vai acontecendo, ainda que sempre vá haver diferença", arremata Jacqueline.

Assista ao trailer da série:


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