Isabel Teixeira nega papel de Marília Mendonça em série: 'Podia ser minha filha'

Isabel Teixeira viu sua vida mudar completamente ao dar vida a Maria Bruaca em Pantanal (2022). Alçada ao estrelato por causa da personagem, a atriz vem sendo sondada para vários outros trabalhos, mas, cautelosa, ela está escolhendo a dedo seus próximos passos. De volta à Globo como protagonista do episódio Mancha do projeto Falas Femininas - Histórias Impossíveis, Isabel negou que vá viver Marília Mendonça (1995-2021) no filme sobre a cantora: "Ela podia ser a minha filha".

De férias da televisão desde o fim das gravações de Pantanal, em setembro, Isabel Teixeira tem curtido a boa fase --que ela chama de "período de encaixe". Se antes do estouro na novela de Bruno Luperi, a atriz vivia em busca de trabalhos, agora, ela conta que tem conseguido escolher suas prioridades com mais calma.

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"Eu sempre tive muita responsabilidade com a vida, com controle do que eu ia fazer porque tinha muita gente dependendo de mim, tenho criança, né? [Ela tem dois filhos: Flora e Diego, de 11 e 18 anos] Eu sempre me senti um polvo, mas não um polvo orgânico e, sim, um polvo de metal, sabe? Que sai canivete, sai tesoura, sai espanador, sai coisa de fazer carinho, coçar as costas e tal", divaga.

"Eu sempre estava pensando que eu precisava saber o que fazer até janeiro de 2025, senão eu iria me foder. Então, era assim: 'Aceita fazer esse projeto? Aceito'. 'E esse? Aceito'. E era 'aceito, aceito, aceito'. Era assim. Agora, estou em um momento de encaixe, de soltura, lidando um pouco com uma soltura quase metafísica. Sabe? Solta as coisas que elas vêm", filosofa.

E foi assim que ela parou no projeto Falas Femininas - Histórias Impossíveis, seu primeiro trabalho após o estrondoso sucesso de Pantanal.

Na história --que estreia nesta segunda-feira (6) após BBB 23--, Isabel é a mãe solo Laura, que pede para a doméstica Mayara (Luellem de Castro) desistir dos estudos para continuar trabalhando em sua casa. Emocionante e com uma pitada de suspense, o episódio convida o público a refletir sobre a condição de ser mulher no mundo de hoje do ponto de vista de uma mulher preta e de classe social mais baixa.

"Eu levei em consideração a escrita expandida que é uma mudança de ponto de vista com muito discernimento, consciência, inteligência, categoria e arte. Então, eu tô aqui porque eu tenho que estar aqui. E eu não escolhi [este projeto], não. Eu fui escolhida. Eu tô adorando ser escolhida porque eu tô encaixada, encaixei na existência agora. E só me resta aproveitar cada dia essa encaixadinha mesmo", explica.

Com contrato de exclusividade com a Globo, Isabel Teixeira aproveita o bom momento para se dedicar à editora Fora de Esquadro, que ela lançou em novembro. Por enquanto, ela ainda não decidiu quando volta ao ar em um projeto mais longo. Interpretar Marília Mendonça no filme sobre a vida da rainha da sofrência, como chegou a ser comentado, está fora de cogitação.

"Só se fosse para contar a história que ela teria tido, né? Não tenho idade pra fazer a Marília. Ela poderia ser a minha filha", disse ela, que tem 49 anos, ao Notícias da TV.