Avaliações negativas
Reprodução/Netflix
Superman no cinema, Henry Cavill vive o protagonista do drama fantasioso The Witcher, na Netflix
JOÃO DA PAZ
Publicado em 20/12/2019 - 13h26
Cercada de muita expectativa, a primeira temporada de The Witcher estreou nesta sexta-feira (20), na Netflix. Junto com os novos episódios vieram também as avaliações da crítica norte-americana, e o resultado não é nada animador. A imprensa reprovou o drama fantasioso e o site da revista Entertainment Weekly deu a impiedosa nota F.
A resenha do veículo de prestígio foi clara na sentença logo no título: "Totalmente terrível". Os jornalistas Darren Franich e Kristen Baldwin assinaram o texto. Eles massacram a série, desde a escolha da peruca de Henry Cavill, o protagonista da trama, até o excesso de nu frontal feminino no episódio de estreia (são sete mulheres nuas em uma sequência no bordel).
Palavras como "brega" foram soltas em profusão. Kristen revelou que só assistiu ao segundo episódio por obrigações profissionais. "The Witcher é cheia de conflitos confusos e rivalidades que precisam de muitas explicações, mas mesmo assim não fazem nenhum sentido", ela escreveu. E seu colega sentenciou: "Meu destino é nunca mais assistir a esse negócio chato".
O sempre azedo Daniel Feinberg, da The Hollywood Reporter, deu eco às avaliações negativas. "Há muito papo furado para poder fazer qualquer elogio aos roteiristas. Muitas cenas estagnadas e maçantes para elogiar a direção", afirmou.
Ele ainda cornetou a longa duração dos episódios: "Netflix, ordene que os criadores de suas séries editem os capítulos!". E não poupou ironias, como ao dizer "quando The Witcher tenta ser levada a sério, fracassa. Tem a pretensão de ser uma trama fantasiosa ambiciosa, mas em vez disso se tornar uma exposição sem fim de nomes [de lugares e criaturas] estúpidos."
O crítico Mike Hale, do New York Times, fez piada com as comparações da série da Netflix com o drama consagrado da HBO e sacramentou: "Game of Thrones agora tem a sua versão genérica". Ele foi bem ácido e escreveu que a produção e o roteiro de The Witcher estão bem aquém de GoT e mais próximos de "uma série sobrenatural do Syfy. Estão mais para uma aventura exibida na TV em uma manhã de sábado do que um projeto prestigiado para ir ao ar nas noites do domingo."
Brian Lowry, experiente e respeitado colunista da CNN, seguiu nessa mesma linha, deixando claro que The Witcher "é uma fraca aspirante" ao posto de uma nova Game of Thrones. Ele aproveitou para brincar com o papel que o Cavill faz no cinema, na pele do Superman: "Devido ao ritmo sem graça dessa série medieval e fantasiosa, é um trabalho muito difícil até para o Superman [salvá-la]."
O jornalista dá uma dica ao telespectador interessado em The Witcher: "Felizmente, aqueles que estão à procura de algo para assistir, seja na Netflix ou em plataformas rivais, tem em mãos um leque de opções [melhores]".
O site Metacritic, que compila as resenhas de veículos americanos, deu a nota 53 (de 100) para The Witcher, o que é uma avaliação baixa, atrás de flops colossais deste ano, como as séries Fam, Sunnyside e The Enemy Within, todas canceladas. O drama da Netflix está com a segunda temporada confirmada.
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