Floresta, chuva e insetos: Marco Pigossi sofreu em retorno a Cidade Invisível

Após mais de dois anos de hiato, a segunda temporada de Cidade Invisível estreou nesta quarta (22) na Netflix e trouxe de volta o universo inspirado em entidade místicas do folclore brasileiro. Repaginada, a série mudou o cenário e trocou as praias do Rio de Janeiro pelas florestas de Belém do Pará, mudança que fez com que o protagonista Marco Pigossi sofresse com dificuldades durante as gravações.

Parte das principais sequências do segundo ano de Cidade Invisível foram gravadas em céu aberto. Os novos episódios têm cenas com Pigossi na floresta, mergulhando em um rio e andando pelas ruas de Belém, cujo clima úmido resulta em fortes chuvas em certas épocas do ano. Tudo isso foi um desafio a mais em uma série que se destaca por (ótimos) efeitos visuais para o padrão brasileiro.

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Na primeira temporada, o protagonista Eric (Pigossi) era um policial em busca de um assassino misterioso, mas a maior parte de suas cenas foi gravada em cenários urbanos, ou seja, com mais espaço para atores e equipe de produção. O mesmo não se pode dizer das florestas na região de Belém, cuja vegetação densa e presença de animais, sejam silvestres ou insetos, dificultaram ainda mais os trabalhos.

"Na primeira temporada, ele [Eric] estava dentro de uma corporação policial, onde existe um trabalho burocrático. Ele não tinha total liberdade de fazer as coisas por ele mesmo. As investigações precisavam de autorizações, ele tinha que lidar com burocracia. Na segunda temporada a gente sai desse lado urbano, deixa a civilização e entra na floresta", explica Pigossi em bate-papo com jornalistas do qual o Notícias da TV participou.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Para o ator, o fato de o personagem ter poderes sobrenaturais no novo ano também afetou a maneira como ele o interpretou. Segundo Pigossi, ele fez um trabalho intenso de observação do processo criativo de outros integrantes do elenco, principalmente os que deram vida a outras entidades. Tudo isso, no entanto, tornou-se ainda mais desafiador ao gravar sequências "místicas" dentro de uma floresta.

"Viver o Eric foi um grande desafio, até porque filmar na floresta não é uma coisa simples. Não é um lugar feito para isso, né? Não é um lugar propício para isso, não é um lugar que a gente entra com equipamento normal. É um lugar extremamente delicado, um ecossistema que não é feito para para isso. Então foi preciso um cuidado muito grande", continuou.

"Era chuva todos os dias, animais e insetos. Muitos insetos e umidade. Isso muda nosso trabalho, mas é muito importante, como ator, estar ali presente. Você absorve isso para o seu corpo. Como aquilo reflete [na história] para trazer isso de uma maneira muito mais natural e verdadeira. O Eric virou um personagem muito mais corporal nesse sentido. Fisicamente, a segunda temporada foi uma maratona para mim."

Assista abaixo ao trailer da segunda temporada de Cidade Invisível: