Cidade Invisível: Segunda temporada traz novo mistério com crises da vida real

Após virar sucesso em mais de 40 países, Cidade Invisível retorna à Netflix nesta quarta-feira (22) com a estreia de sua segunda temporada. Os episódios inéditos apresentam um novo mistério envolvendo as entidades e exploram crises da vida real, como a corrupção e o garimpo de ouro.

Logo na estreia, em 2021, o primeiro ano da atração se tornou um hit inesperado na plataforma. A trama que envolvia lendas do folclore nacional foi capaz de conquistar espectadores de várias nações e colocou Marco Pigossi no radar das produções internacionais --ele estará no elenco de Gen V, spin-off de The Boys, fenômeno do concorrente Prime Video.

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Criada por Carlos Saldanha, Cidade Invisível incluiu criaturas como Curupira, Cuca, Saci-Pererê e Boto Cor-de-rosa dentro de uma trama de mistério e assassinato. Enquanto entidades do folclore eram misteriosamente ceifadas do mundo, o policial Eric (Pigossi), que investigava a morte de sua mulher (Julia Konrad), descobriu que sua vida estava entrelaçada com essas lendas.

A segunda temporada retoma a história dois anos após os eventos da anterior. Após ser possuído pelo espírito maligno Corpo Seco, Eric acabou morto por Iberê/Curupira (Fábio Lago) e levado para um lugar desconhecido. Nos novos episódios, é explicado que o protagonista foi levado para o interior do Pará e vive em um santuário guardado por espíritos.

divulgação/netflix

Luna (Manu Dieguez) e Inês (Alessandra Negrini)

Ao ressuscitar, o agora ex-policial descobre que Luna (Manu Dieguez) está na região à sua procura. A garota ficou sob os cuidados de Inês/Cuca (Alessandra Negrini) após a morte da bisavó e decidiu ir para Belém do Pará após uma visão lhe mostrar que o pai retornaria no interior do Estado.

Se a primeira temporada focou na luta contra o desmatamento de uma região nos arredores do Rio de Janeiro, o segundo ano explora outro grave problema que ameaça a natureza do país. Ao retornar à vida, Eric descobre que o santuário protegido pelo povo indígena está sendo ameaçado de invasão por garimpeiros em busca de ouro.

São muitas as diferenças entre o primeiro e o segundo ano. Do elenco, apenas Eric, Luna e Inês retornam para estrelar Cidade Invisível ao lado de vários novos rostos. Isso resulta na introdução de várias entidades inéditas do folclore brasileiro, como a Mula Sem Cabeça e o Menino Lobo.

Eric, aliás, ressurge quase como um novo personagem. Após as experiências da primeira temporada e o seu renascimento, o protagonista abraça o seu lado místico e descobre que também tem poderes, o que justifica as previsões de Inês: o ex-policial sempre foi um deles e tem em seu sangue a força das entidades.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Zahy Tentehar em Cidade Invisível

Se Corpo Seco era a grande ameaça do primeiro ano, a segunda temporada apresenta um grupo de vilões tão cruéis quanto. Liderados por Débora (Zahy Tentehar), uma poderosa empresária tomada pela entidade Víbora, eles se aproveitam da juíza corrupta Clarice (Simone Spoladore) para criar ações que os aproximem ainda mais do tesouro escondido no santuário.

Ao trocar o Rio de Janeiro pelo Pará, Cidade Invisível também abraça mais diversidade em sua narrativa. Integrantes do elenco de origem indígena, assim como dialetos dos povos originários, são adições que enriquecem a trama e ajudam a mostrar um lado do Brasil pouco visto em grandes produções.

Apesar da leva mais enxuta --o segundo ano conta com cinco episódios, dois a menos do que o anterior--, Cidade Invisível retorna explorando o que fez de sua temporada inicial um sucesso mundial. Com ótimas interpretações e bons efeitos visuais, a série continua se destacando como uma das grandes produções nacionais disponíveis na atualidade.

Assista ao trailer da segunda temporada de Cidade Invisível: