No Prime Video
Divulgação/BBC
Phoebe Waller-Bridge com Andrew Scott na segunda temporada de Fleabag; série retorna à Amazon
JOÃO DA PAZ
Publicado em 17/5/2019 - 6h13
Comédia que explora o luto de forma ousada, Fleabag retorna com a segunda temporada nesta sexta (17), no Prime Video, o streaming da Amazon. A protagonista, vivida por Phoebe Waller-Bridge, superou o vício em sexo, usado para escapar da dor de perder a melhor amiga, e entra em uma relação cheia de tensão sexual com um padre bonitão.
Conhecida apenas pelo apelido de Fleabag, a personagem tem conversas ótimas com sua terapeuta, interpretada por Fiona Shaw (Killing Eve). A jovem confessa que está livre da dependência do sexo, um vício que a fazia se masturbar até quando assistia a um discurso de Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos.
Só que um religioso charmoso entra em sua vida. Chamado apenas de O Padre, o personagem do ator Andrew Scott (Sherlock) é introduzido em Fleabag porque ele vai celebrar o casamento do pai da protagonista com a madrinha dela.
Com atuações excelentes e um roteiro primoroso, Fleabag convida o telespectador a observar essa relação inusitada entre a protagonista e o padre galã. Ela se sente muito atraída pelo novato no clero, que bebe muito, fuma e até dispara palavrões.
Rápida, com seis episódios de meia hora, a nova temporada da comédia da Amazon promove uma discussão polêmica entre sexo e vida religiosa, entre santidade e devassidão. Por mais que Fleabag tenha superado o vício, seu apetite sexual não desapareceu, e ressurge como fênix ao conhecer o padre.
Ela comenta essa relação excêntrica com sua terapeuta e abre o jogo sobre seus sentimentos. A personagem de Fiona, sem cerimônias, dispara: "Você realmente quer transar com o padre... Ou você quer transar com Deus?".
Descrente, Fleabag fala sobre o seu ceticismo com o padre que, como resposta, a presenteia com uma Bíblia.
Essa segunda (e última) temporada da comédia amarra bem a trama, com a personagem resolvendo seus problemas com o luto de sua melhor amiga, que se suicidou, e tentando achar um novo rumo para sua vida.
Vida essa que ela toca sem nenhum amigo. A personagem tem como companhia apenas os telespectadores, com quem ela conversa constantemente, recurso já utilizado em séries como House of Cards e Mr. Robot.
A inserção do padre na história funciona perfeitamente e cria um clima de "será que eles vão transar ou não?". A construção da série evidencia o talento de Phoebe Waller-Bridge, que escreveu todos os roteiros. Ela também é a criadora de Killing Eve, drama indicado ao Globo de Ouro deste ano.
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