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CHEGOU NO DISNEY+

Diferentona, WandaVision prova o poder de reinvenção da Marvel

Divulgação/Disney+

Paul Bettany e Elizabeth Olsen em cena de WandaVision

Paul Bettany e Elizabeth Olsen em WandaVision; os dois primeiros episódios já estão disponíveis no Disney

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 15/1/2021 - 14h17

Depois de passar 2020 em branco por conta dos adiamentos pela pandemia de Covid-19, a Marvel está de volta ao jogo com a estreia de WandaVision no Disney+. Lançando dois episódios de uma vez nesta sexta (15), o estúdio provou de vez o seu poder de reinvenção com a primeira série ligada ao seu Universo Compartilhado na plataforma.

[Cuidado: spoilers dos dois primeiros episódios de WandaVision abaixo]

A série traz de volta os heróis Wanda (Elizabeth Olsen), a Feiticeira Escarlate, e Visão (Paul Bettany), vistos pela última vez em Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019). No entanto, a trama parece uma história passada em qualquer outro Universo, menos o da Marvel nos cinemas --melhor dizendo, em outra realidade.

Como se a luta contra Thanos (Josh Brolin) nunca tivesse acontecido, WandaVision começa com os heróis chegando em sua nova casa no subúrbio da pacata cidade de Westview. Casados, eles passam a viver suas vidas como cidadãos comuns: Wanda é uma dona de casa, enquanto Visão, com uma forma humana, trabalha normalmente.

Os primeiros episódios, que possuem o formato de sitcoms clássicas como The Dick Van Dyke Show (1961-1966), I Love Lucy (1951-1957), A Feiticeira (1964-1972) e Jeannie É um Gênio (1965-1970) apresentam ao público a vizinhança de Westview e os novos amigos dos protagonistas nesse universo: Agnes (Kathryn Han), a vizinha fofoqueira de Wanda; o casal Sr. e Sra. Hart (Fred Melamed e Debra Jo Rupp), a "rainha" do bairro, Dottie (Emma Caulfield) e os amigos de Visão, Herb (David Payton) e Norm (Asif Ali).

Fora alguns easter eggs em comerciais citando as Indústrias Stark e a agência do mal H.Y.D.R.A., nada neste início de WandaVision cita a vida anterior dos heróis como combatentes do crime. Mas, de acordo com Matt Shakman, diretor de todos os episódios da série, com relação à linha do tempo do MCU, a história de pasa logo após Wanda ajudar na luta contra Thanos.

"O mundo só continua colocando obstáculos para Wanda, e ela tem todo esse poder inexplorado que não entende completamente", disse Shakman em comunicado à imprensa. "A jornada dela na série é viver por si mesma. Ela é uma pessoa incrivelmente poderosa que foi manipulada ao longo dos anos. Essa é uma oportunidade para ela se redescobrir e viver uma história de amor".

De fato, a produção busca focar principalmente na relação entre Wanda e Visão, que foi brevemente abordada em Capitão América: Guerra Civil (2016) e Guerra Infinita. Aqui, os dois finalmente conseguem viver seu amor como marido e mulher, longe dos perigos e embates mortais --pelo menos por enquanto.

Depois da surpresa com a mudança de tom apresentada no primeiro episódio, o segundo serve para começar, mesmo que sutilmente, a movimentar as peças do quebra-cabeça que será montado ao longo dos nove episódios.

Certas cenas "quebram" o formato de sitcom com mensagens misteriosas em rádios, um homem surgindo do bueiro e um helicóptero de brinquedo colorido caindo no meio desse mundo em preto e branco. No centro disso está Wanda, sempre pronta para "corrigir" as pontas soltas.

É cedo para chutar qual caminho WandaVision seguirá nos próximos capítulos, com exceção de que outras séries norte-americanas clássicas servirão como referência para essa realidade. Mesmo que o futuro seja incerto, a Marvel se mostrou capaz de se reinventar e manter a curiosidade de uma audiência que exalta grandes batalhas nas telas do cinema, mas não resistem à curiosidade pelo formato de comédia clássico se neles estão os seus heróis favoritos.

DIVULGAÇÃO/DISNEY+

Wanda e Visão nos anos 1950

A homenagem à TV americana

Como citado anteriormente, os dois primeiros episódios de WandaVision fazem um "tour" por séries aclamadas pelos norte-americanos entre os anos 1950 e 1970. A construção é fiel às estruturas apresentadas em The Dick Van Dyke Show e A Feiticeira, e a busca pela perfeição foi uma missão imposta a si mesmo pela equipe criativa da produção.

Para não correr o risco de falhar, o diretor Matt Shakman e o chefão Kevin Feige contaram à imprensa que chegaram a almoçar com o astro Dick Van Dyke para pegar dicas de como homenagear. "Foi uma experiência deliciosa e uma ótima maneira de ver como eles produziram a série [no passado], que é a inspiração para nosso primeiro episódio", disse Shakman.

"Queríamos ter certeza de que o que estávamos criando era absolutamente fiel às séries originais que usamos de referência", acrescentou o diretor, que ainda disse ter lido e assistido muitas coisas da época para a realização do trabalho.

O formato do primeiro episódio de WandaVision é tão fiel que os produtores decidiram gravar as cenas na frente de uma plateia de verdade, assim como era feito nas comédias antigas, sem a utilização de risadas pré-gravadas. Quando se escuta o público após uma piada boba saída da boca de Visão, é porque os espectadores estavam realmente no set.

Cerca de sete períodos históricos serão representadas na primeira temporada de WandaVision, viajando de 1950 até os anos 2010. Séries como Três É Demais (1987-1995) e The Office (2005-2013) também serão homenageadas, o que amplia ainda mais a capacidade da Marvel de explorar novos formatos e conceitos.

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