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AUTO POSTO

De fake news a milícia, série do Paramount+ une política e posto de gasolina

DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT+

Paulo Tiefenthaler, à esquerda, e Grace Gianoukas, à direita

Paulo Tiefenthaler e Grace Gianoukas reproduzem gabinete do ódio em Auto Posto, do Paramount+

JOSÉ VIEIRA

jose@noticiasdatv.com

Publicado em 1/5/2023 - 6h20

A segunda temporada de Auto Posto, série de comédia do Paramount+, estreia nesta segunda (1º). Criada por Marcelo Botta, a produção acompanha o cotidiano de um posto de gasolina. Passando por temas como fake news e milícia, o diretor se inspirou em acontecimentos da política brasileira para compor o enredo do programa.

A série retrata o cotidiano de funcionários do Auto Posto Amigos do Nelson. Administrado por Nelson, interpretado por Walter Breda, o posto de gasolina enfrenta dificuldades para se manter aberto. Para contornar a situação e evitar um possível desligamento, o empresário recorre a diversas fraudes ao longo dos episódios --como a venda de gasolina adulterada.

"Ele é um explorador, é um mau patrão. Explora os funcionários, é um trambiqueiro", descreve Breda, em um evento para a imprensa que contou com a participação do Notícias da TV. "É um arquétipo do empresário que acha que carrega o país nas costas", explica o diretor.

Na tentativa de manter seu estabelecimento ativo, Nelson mantém troca de favores com Robervall (Paulo Tiefenthaler), profissional que realiza a inspeção do posto de gasolina. Durante a primeira temporada, lançada em 2020, o fiscal chegou a comandar um cassino clandestino no auto posto.

"Robervall é um pilantra bolsonarista, de direita, oportunista. Não existe lei para ele. É um cara bem filho da put*, escroto. Já conheci figuras assim", conta Tiefenthaler. "São dois malandros, canalhas, que tentam dar golpes. Nelson fecha com Robervall porque é um aproveitador. Nasceram um para o outro", diz Breda.

Com a prisão de Robervall no fim da primeira temporada, os novos episódios passam a também se desenvolver em um ambiente carcerário. A entrada de personagens como a advogada Mariângela (Grace Gianoukas) e o sargento Peres (Felipe Torres), que atuam a favor do fiscal, constroem uma sátira com a milícia e a corrupção na Justiça brasileira.

"Eles constituem esse lugar de gabinete do ódio. Quando você tem um personagem de caráter ruim, como Nelson, e outro pior ainda, você fica na dúvida de quem é o vilão de Auto Posto. Essa temporada tem um pouco desse balanço", explica Botta. "Nelson é o vilão na vida dos funcionários, mas o Robervall acaba sendo o antagonista na trajetória do Nelson". 

Apesar de tecer críticas ao sistema político nacional, o diretor espera que a produção atinja diferentes tipos de público, politizado ou não. "Algumas coisas que acontecem no Brasil para que o posto seja um microcosmo do lugar que vivemos para refletir o que estamos vivendo, mas sem panfletar."

É uma série para todo mundo. O perfil das pessoas que assistem é muito amplo. Não é feita para um público mais progressista. Queremos que pessoas que não se enxergam como progressistas assistam, se divirtam e levem reflexões para casa.

Relação entre Nelson e Robervall

A nova temporada de Auto Posto acompanha a tentativa de vingança de Robervall contra Nelson. Os personagens vivem uma relação conflituosa, que balança entre o amor e o ódio. "Eles têm uma paixão maluca, irracional. Nelson é esse patrão antigo, aproveitador. Robervall é mais miliciano, usa fake news, ferramentas das quais Nelson ainda não tem domínio", explica Botta.

"Uma tradução de muitas coisas que vimos. Quando partidos inimigos se unem para defender algo, por exemplo. É política, é o mundo. Isso tudo no micromundo de Auto Posto", completa Grace Gianoukas.

A produção ainda conta com Neusa Borges, Rita Cadillac e Micheli Machado no elenco. Assista ao trailer da segunda temporada:


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