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Fim à vista?

De Blacklist a Agents of Shield: Cinco séries ameaçadas de cancelamento

Divulgação/NBC

O ator James Spader na quinta temporada de Blacklist; baixa audiência ameaça futuro do drama - Divulgação/NBC

O ator James Spader na quinta temporada de Blacklist; baixa audiência ameaça futuro do drama

JOÃO DA PAZ

Publicado em 6/4/2018 - 5h56

Séries queridas pelo público brasileiro, como Blacklist (chamada de Lista Negra pela Globo) e Agents of Shield, correm sério risco de cancelamento. As redes norte-americanas anunciarão até o início de maio quais produções serão renovadas e quais chegarão ao fim. O clima entre as atrações com audiência em queda, como essas duas, é de incerteza.

Em maio, as emissoras dos Estados Unidos promovem a semana de Upfronts, na qual apresentam para o mercado publicitário as novas séries aprovadas e as veteranas que ganharão mais temporadas. Os dias que antecedem o evento são de pura tensão para produtores e elenco, pois é nesse período que séries famosas podem ter o fim decretado.

Saiba por que Blacklist e Agents of Shield, assim como Lucifer, Scorpion e Blindspot correm o risco de ser canceladas:

divulgação/abc

Clark Gregg em Agents of Shield; série fez história ao trazer personagem do cinema para a TV

Agents of Shield
Em 2013, a série Agents of Shield fez história ao trazer para a TV um personagem do cinema, o agente Phil Coulson (Clark Gregg); ele já tinha aparecido em quatro filmes do universo Marvel _o mais recente foi Os Vingadores, lançado em 2012. No ano que vem, estará também em Capitã Marvel, que se passa na década de 1990.

Agents nunca foi um estouro de audiência na rede ABC, mas os baixos números da atual quinta temporada preocupam. No ano de estreia, a série atraía cerca de 6 milhões de telespectadores por semana. Agora, tem uma média de 2,2 milhões de pessoas por episódio, a pior performance da ABC. Fica atrás até de Flash, super-herói da rede nanica The CW.

Contam pontos a favor da série a boa presença de Agents of Shield no mercado internacional, um gerador de renda para os estúdios da ABC. A série também é favorecida pelo fato de tanto a Marvel quanto a emissora serem propriedades da Disney. Serve de vitrine para lançamentos dos heróis no cinema.

Caso o volume de novas séries seja pequeno, a ABC pode deixar Agents encostada nas noites de sexta-feira, dia praticamente morto na TV norte-americana, apenas de olho no dinheiro do exterior. O drama é uma das primeiras opções para cancelamento, mas não acabará sem uma temporada de despedida. No Brasil, a série é atração do Canal Sony, está na Netflix e faz parte da programação da Globo.

divulgação/NBC

Protagonizada por Jaimie Alexander, Blindspot foi um sucesso na temporada de estreia

Blindspot
Embora não repita o sucesso da primeira temporada, Blindspot tem uma audiência considerada boa para a rede NBC. Está no mesmo nível de público de How to Get Away with Murder (ABC), mesmo exibida nas noites de sexta-feira.

Acordos internacionais e com a produtora são o grande problema do drama, sobre uma mulher misteriosa coberta de tatuagens mais enigmáticas ainda. É que Blindspot é produzida pelos estúdios de TV da Warner Bros., que a vende para outros países (no Brasil, a trama pode ser vista na Warner e na Netflix).

A mídia especializada avalia que a série sairá do ar caso a NBC tenha bons novos dramas produzidos no próprio estúdio para preencher a programação. Blindspot só será renovada se a emissora não encontrar nenhuma opção melhor e ainda conseguir fechar um acordo bem lucrativo com a Warner.

Divulgação/fox

Boa aceitação internacional pode salvar Lucifer, estrelada por Tom Ellis e Lauren German

Lucifer
O status de Lucifer é muito similar ao de Blindspot: as duas séries têm a mesma média de telespectadores por episódio e são produções da Warner Bros. Exibido na rede Fox, o drama inspirado em um personagem das histórias em quadrinhos tem um público bom nos Estados Unidos, mas rende mais internacionalmente.

Por vender bem, a Fox aumentou o número de episódios da série ao longo das três temporadas, de 13 para os atuais 24. Lucifer está em cima do muro e uma renovação só ocorrerá se a emissora fechar um bom contrato com a Warner. No Brasil, a série é do Canal Universal e está disponível na Netflix.

divulgação/cbs

Os atores Elyes Gabel e Katharine McPhee na série Scorpion, a pior audiência da rede CBS

Scorpion
Scorpion ganhou nesta temporada o rótulo ingrato de série de menor audiência da rede CBS, a emissora mais popular nos Estados Unidos. A média de 5,25 milhões de telespectadores por episódio até é satisfatória, mas a produção fica na berlinda por ser derrotada semanalmente pelas rivais The Brave (NBC) e The Good Doctor (ABC), na faixa das 22h de segunda-feira.

Uma renovação de Scorpion ocorrerá somente para que a série complete cem episódios, marca que facilitaria um acordo de exibição de reprises em território norte-americano, nos canais pagos e emissoras locais (syndication). Scorpion também ganha pontos por ser um produto dos estúdios da própria CBS, o que aumenta o lucro da rede.

divulgação/nbc

James Spader na quinta temporada de Blacklist; as glórias do drama da NBC vêm do passado

The Blacklist
Série sensação da temporada 2013-2014, quando foi a sexta colocada no ranking de audiência, The Blacklist perdeu público ano após ano até registrar números medianos e ser superada pela capenga Law & Order True Crime entre o público adulto (18 a 49 anos) _as duas atrações são da rede NBC.

Blacklist é uma coprodução entre os estúdios Sony e Universal. A NBC só manterá o drama no ar se for fechado um acordo bom para ela. A escolha de pilotos da própria NBC/Universal Studios também influenciará o futuro da série. Mas é pouco provável que a NBC simplesmente tire Blacklist do ar. Por ter uma base grande de fãs, o cancelamento viria com uma temporada mais curta, de despedida.

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