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ACADEMIA DE VAMPIROS

Criadora de Vampire Diaries usa Bridgerton para evoluir narrativa sanguessuga

Divulgação/Peacock

Daniela Nieves tem expressão altiva em cena de Academia de Vampiros; ela usa um vestido longo, um colar de joias e uma tiara

Daniela Nieves vive a princesa Lissa Dragomir em Academia de Vampiros, disponível no Globoplay

LUCIANO GUARALDO, de Nova York

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 7/12/2023 - 6h20

Criadora da trilogia de séries The Vampire Diaries (2009-2017), The Originals (2013-2018) e Legacies (2018-2022), Julie Plec passou os últimos 15 anos de sua vida cercada por sanguessugas. Para voltar a esse universo em Academia de Vampiros, ela precisava de uma nova ótica, e encontrou o que buscava no novelão histórico Bridgerton, um dos maiores fenômenos da Netflix.

"Eu adorava que os livros tinham a coisa dos bailes de gala, com vestidos longos e tiaras. Mas como contar uma história dessas nos dias de hoje? Achei que não era possível, até que assisti a Bridgerton e entendi. Você cria algo que é antigo e moderno ao mesmo tempo! Tem todo aquele universo da realeza, as roupas dignas de contos de fadas, mas também fala sobre distinção de classes e opressão", contou Julie em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.

A escritora revelou que tinha lido os livros de Academia de Vampiros (são 12, no total) há muito tempo, antes mesmo de se envolver com The Vampire Diaries e seus derivados. "Na verdade, só quis fazer Legacies porque tinha aceitado que nunca adaptaria Academia de Vampiros, então criei uma série num colégio interno, com jovens estudantes, como a minha versão dos livros."

O jogo virou quando ela foi procurada pela Universal Television para propor um novo projeto para o Peacock, plataforma de streaming do estúdio. Julie tirou seu tesouro do baú e sugeriu uma adaptação da obra de Rochelle Mead (que já tinha sido levada para o cinema, de maneira fracassada, em 2014). "Assim que eles toparam, bateu um desespero (risos). Pensei: 'É melhor eu reler os livros e me certificar de que existe mesmo uma série ali'", lembrou.

Nas páginas, Julie encontrou uma história com vários elementos. Primeiro, a amizade de Lissa Dragomir (Daniele Nieves), princesa dos vampiros, com sua guardiã, Rose Hathaway (Sisi Stringer), filha de um sanguessuga com uma humana. Depois, os romances entre Rose e seu mentor, Dimitri Belikov (Kieron Moore), e entre Lissa e Christian Ozera (André Dae Kim), de uma família rejeitada pela nobreza. Há ainda a ameaça dos Strigoi, os vampiros do mal.

"Apesar de todos esses pontos, fiquei preocupada, porque o cerne da história está no romance da jovem Rose com um homem mais velho, e em Lissa fazendo tudo o que a rainha manda --ela define até com quem Lissa deve se casar. Eu pensei: 'Isso não é mais relevante hoje em dia'", resumiu.

Mas, novamente, a produtora se voltou a Bridgerton para resolver seus problemas. "Eu entendi que a questão é essa mesma, nada disso é relevante hoje em dia, mas algumas pessoas lutam para manter essas estruturas arcaicas, enquanto outras fazem de tudo para derrubá-las."

Então, fizemos a série como um retrato de uma sociedade que já passou do seu auge. Pudemos abordar temas que estão no livro, mas um pouco mais escondidos, como a desigualdade de classes, a perseguição a quem é diferente. Rochelle criou uma história muito poderosa; nós só precisamos fazer uns ajustes.

Encerrada em outubro do ano passado nos Estados Unidos, Academia de Vampiros finalmente estreou no Globoplay (na surdina) no último dia 24. Os dez episódios da primeira (e única) temporada já estão disponíveis.


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