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ELEITA

Clarice Falcão vive seu pior em série da Amazon: 'Joguei demônios pra fora'

REPRODUÇÃO/PRIME VIDEO

Fefê Pessoa (Clarice Falcão) com o rosto manchado de tinta

Clarice Falcão se libertou de demônios próprios ao interpretar Fefê Pessoa na série Eleita

JOSÉ VIEIRA

jose@noticiasdatv.com

Publicado em 14/10/2022 - 6h15

Em Eleita, série produzida para o Prime Video, Clarice Falcão interpreta Fefê Pessoa, uma influenciadora digital que se torna governadora do Rio de Janeiro após se candidatar ao cargo por brincadeira. A atriz, que também é criadora da produção, conta que se inspirou em si mesma para dar vida à imaturidade de Fefê. "Ela é o meu pior", revela.

Clarice enfrentou algumas dificuldades para acessar o evento para a imprensa que contou com a participação do Notícias da TV. Antes de entrar, seus colegas de elenco deduraram algumas informações dos bastidores. "A Clarice e o Diogo [Vilela] são os mais perdidos", conta Carolina Jarbor, diretora de Eleita.

"Se tiver alguma pergunta sobre o quanto ela é parecida com a personagem, acho que estamos dando uma demonstração", diz Célio Porto, também criador da série. "Clarice, como foi se preparar para o personagem?", brinca Bella Camero, intérprete de Nanda. "Eu acordei atrasada e fui para o set errado", responde Porto.

De certa forma, Clarice não negou a veracidade das piadas. A atriz conta que, no início, sua personalidade foi a base para a criação de Fefê. No entanto, conforme a série se desenvolveu, a personagem criou vida própria e precisou tomar rumos que iam além das vivências da intérprete. "A primeira ideia que a gente teve foi: 'Clarice Falcão como governadora do Rio de Janeiro'".

Acho que, por conta de ter partido de mim, a Fefê é o meu pior. Uma carência bizarra, uma vontade de ser muito fanfarrona, tentar ganhar pela piada. Acho que eu trouxe muito isso para a Fefê. Foi um bom escape, né? Tento jogar os demônios para fora e aprender o que não fazer.

Clarice estava desde 2019 longe da atuação, quando participou da série Shippados, do Globoplay. A atriz descreve seu retorno para a profissão como um reencontro com uma velha amizade: "Vivo muito em função de fazer piada, sou carente, né? Eu gostava muito de fazer o Porta [dos Fundos], foi muito divertido. Passei dois ou três anos meio longe, e foi como encontrar um amigo antigo".

Os relacionamentos de Fefê

Assim como a atriz, o humor faz parte do cotidiano de Fefê. A personagem tem dificuldades em expor sua vulnerabilidade para as pessoas ao seu redor. Portanto, utiliza a comédia como mecanismo de defesa.

Um dos principais exemplos no roteiro está no último episódio, quando a governadora se encontra com André Nonato (Rafael Delgado), seu affair. Após um breve término, a "primeira-dama" pede para que Fefê passe a ser sincera com seus sentimentos. Ainda assim, a protagonista insiste em não levar a relação a sério e afasta as chances de uma possível reconciliação.

Apesar do namoro, Nonato não é a pessoa em quem a governadora deposita sua confiança. Fefê possui uma longa amizade com Nanda, personagem responsável por levantar a moral da protagonista e lidar com sua imaturidade.

Bella Camaro e Clarice Falcão se conheceram em 2014, durante as gravações do filme Confissões de Adolescente. Eleita marca o reencontro das duas em um set de filmagens. "Acho que a intimidade das duas no set... Elas estavam o tempo inteiro conspirando. Bella e Clarice misturavam a Nanda e a Fefê o tempo todo", diz Carolina Jarbor. "Isso foi naturalmente entregue para a cena, além de serem grandes atrizes".

A ex-Porta dos Fundos elogia a intimidade construída com Bella durante a produção e aponta a relação de ambas como o principal par romântico da série. "A primeira-dama, o Rafa, coitado, sofre muito na mão dela. Quem realmente move montanhas, quem se ama mesmo, são as duas", completa.

REPRODUÇÃO/PRIME VIDEO

Bella Camaro, à esquerda, e Clarice Falcão, à direita

Nanda (Bella Camaro) e Fefê (Clarice Falcão)

Eleita

Os sete episódios de Eleita estão disponíveis no Prime Video. A série se passa em um futuro distópico, no qual o Estado do Rio de Janeiro cai aos pedaços. Nesse cenário, Fefê Pessoa, uma influenciadora digital com aversão a responsabilidades, decide se candidatar a governadora. Ela nunca teve a intenção de ser eleita, era tudo piada. O problema é que a brincadeira faz sucesso, e a jovem ganha o processo eleitoral.

Clarice concorda que a personalidade pastelona de Fefê é um dos pontos principais da série. A atriz pontua que Eleita se diferencia de outras produções do gênero por trazer uma "protagonista feminina que te constrange, que é falha, é podre, porque a gente viu muito em homens: exemplo do Michael Scott [The Office], filmes como Eu Te Amo, Cara, os filmes do Jason Segel".

"Ou ela faz a coisa certa pelo motivo errado, ou faz a coisa errada pelo motivo certo", complementa Porto. "No início das reuniões, perguntavam: 'Sobre o que é a série?'. É sobre crescer. A série não é sobre política, o mundo político é o mundo onde ela está".

"A gente queria falar sobre essa sensação de começar a crescer. Até outro dia você estava numa festa, e agora você tem responsabilidades, tem cargos, gente dependendo de você", completa o roteirista.

Assista ao trailer:


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