Fim da 1ª temporada
Fotos: Divulgação/HBO
Os atores Evan Rachel Wood e Jimmi Simpson em cena da 1ª temporada de Westworld
JOÃO DA PAZ
Publicado em 5/12/2016 - 4h59
[Atenção: este texto contém spoliers]
Terminou ontem (4) a primeira temporada da bem-sucedida Westworld. Com números de audiência impactantes, nível Game of Thrones, a atração envolveu os telespectadores numa missão para descobrir o que de fato estava acontecendo naquele parque de diversões do futuro que simula o Velho Oeste e é habitado por robôs. Foi um quebra-cabeça montado peça a peça a cada episódio.
O Notícias da TV dá cinco dicas para entender tudo o que se passou na enigmática primeira temporada:
O personagem de Jimmi Simpson (à esq.) é a versão mais nova do vivido por Ed Harris
William = Homem de Preto
Havia muitas evidências que apontavam William (Jimmi Simpson) como uma versão 30 anos mais jovem do Homem de Preto (Ed Harris): desde a mesma faca que ambos possuíam até semelhanças em suas histórias. O episódio deste domingo confirmou a teoria, levantada pelos fãs, dando sentido satisfatório à trajetória do personagem, que deixou de lado a aparência de caubói do bem (chapéu branco) para virar um homem sem nome e sombrio.
Um enigma que o público acertou foi cravar que Bernard (Jeffrey Wright) é um robô
Bernard = Arnold
No penúltimo episódio, Westworld comprovou outra ideia apresentada por fãs desde o começo da temporada: o especialista em inteligência artificial Bernard Lowe (Jeffrey Wright) é uma versão andróide de Arnold, cocriador do parque Westworld ao lado de Ford (Anthony Hopkins). O último capítulo, porém, trouxe uma aguardada revelação: Dolores foi quem matou Arnold. Ele, na verdade, criou um mecanismo nos robôs, chamado de devaneios, que acabou levando a donzela a cometer um assassinato contra um humano.
Em Westworld, Evan Rachel Wood interpreta o robô mais antigo e importante do parque
Dolores = Wyatt
Wyatt foi um nome sem rosto repetido inúmeras vezes nos dez episódios da primeira temporada. Por isso, muitos especulavam quem o personagem seria. Interpretando Westworld como um jogo de videogame, Wyatt assumiu a vez do vilão final. Indícios apresentados nos episódios anteriores apontavam que o tal mestre seria, na verdade, Dolores (Evan Rachel Wood), o que se concretizou no desfecho da temporada. A raiva de Arnold contra Ford o fez misturar as características de um vilão implacável em Dolores, que inicialmente seria a donzela da história. Mas ela incorporou os desejos macabros de Wyatt, iniciando um massacre no parque e virando uma espécie de mito para os robôs.
Anthony Hopkins deu vida ao vilão Robert Ford e recebeu elogios dos fãs e da imprensa
A mente perversa de Ford
Anthony Hopkins acertou em cheio a interpretação de Robert Ford, um dos fundadores de Westworld. Com um ar maquiavélico e fala mansa, Ford orquestrava os seus desejos como bem queria, por mais que, literalmente, pudesse lhe custar a vida. Para concretizar suas vontades, ele se arriscou ao provocar e ficar frente a frente com Dolores/Wyatt, dando ao robô a opção (ou melhor, livre arbítrio) de escolher se o mataria ou não.
A cafetina Maeve (Thandie Newton) foi o robô que mais lutou contra sua condição na série
A humanidade de Maeve
Uma das personagens de trajetória mais interessante em Westworld foi Maeve (Thandie Newton). Ela percebeu que sua vida de cafetina era uma mentira e não mediu esforços na tentativa de descobrir como recebeu essa função na cidade do Velho Oeste. As reações automáticas de Maeve misturadas com sentimentos quase humanos foram apresentados cirurgicamente para comover o telespectador, a ponto de achar que ela, um robô, estava tomando decisões próprias, não roteirizadas. Ledo engano, pois o desfecho da temporada mostrou que todas as atitudes de Maeve eram resultados de uma história criada para ela.
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