Tim Robbins
Divulgação/HBO
O ator Tim Robbins em cena de Here and Now; duas séries da HBO com vencedor do Oscar foram canceladas
REDAÇÃO
Publicado em 26/4/2018 - 12h49
Vencedor do Oscar por Sobre Meninos e Lobos (2003), o ator Tim Robbins está com azar em suas investidas na TV. Pela segunda vez seguida, uma série protagonizada por ele é cancelada na HBO após uma única temporada. A primeira foi em 2015, com a comédia The Brink, e a segunda nesta semana, com o fim da criticada Here and Now.
No drama psicodélico de Alan Ball, criador das bem-sucedidas True Blood (2008-2014) e Six Feet Under (2001-2005), Robbins interpretava um pai filósofo depressivo, chefe de uma família desequilibrada.
Com a pior audiência entre os dramas atuais do canal, Here and Now foi massacrada pela crítica e sai do ar sem sequer ter a chance de deixar sua história amarrada.
Em algumas ocasiões, a HBO ordena a produção de um telefilme para não deixar os telespectadores a ver navios, sem saber o final das tramas dos personagens. Foi assim recentemente com Hello Ladies (2013-2014) e Looking (2014-2015).
Mas o tratamento dado a Here and Now é similar ao recebido por Vinyl (2016), projeto de Mick Jagger, Martin Scorsese (Os Bons Companheiros, O Aviador) e Terence Winter (Boardwalk Empire) que não vingou e também não ganhou renovação após a primeira temporada.
As duas séries tiveram audiência similar se somados o público que vê a produção ao vivo, gravada ou nas plataformas online do canal: uma média de 2 milhões de telespectadores por episódio.
O calcanhar de Aquiles de Here and Now foi não virar assunto nos dias seguintes após os episódios irem ao ar, mesmo abordando temas polêmicos e contemporâneos, como racismo e transfobia. A trama difícil também não ajudou. O público ao vivo fugiu logo após o primeiro episódio, visto por meio milhão de pessoas. Depois, caiu para a casa dos 300 mil.
Algumas séries até exigem mais esforço do telespectador, caso de Westworld (da própria HBO), American Gods (Amazon) e Mr. Robot (Space). O problema de Here and Now é que os telespectadores não compraram a ideia de tentar entender por que o jovem universitário Ramon Bayer-Boatwright (Daniel Zovatto) tinha alucinações nas quais via o número 11:11 por toda a parte.
O personagem até passou a ser consultado por um terapeuta, chamado Farid Shokrani (Peter Macdissi). Ele não ajudava muito o rapaz, pois tinha suas próprias brisas mentais, o que embaralhava ainda mais a coisa toda.
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