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Análise | Novela das sete

Além do Horizonte melhora, mas continua 'novela que não é novela'

Felipe Monteiro/TV Globo

Os atores Flávia Alessandra (Heloísa) e Alexandre Borges (Thomaz) em cena de Além do Horizonte, novela da Globo - Felipe Monteiro/TV Globo

Os atores Flávia Alessandra (Heloísa) e Alexandre Borges (Thomaz) em cena de Além do Horizonte, novela da Globo

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 20/1/2014 - 17h04
Atualizado em 21/1/2014 - 17h33

A atual trama das sete da Globo já ostenta o título de pior audiência da história do horário e há diversos fatores que explicam essa fuga massiva de público. O primeiro, sem dúvida, é a narrativa hermética da trama, que, aos poucos, vem sofrendo pequenas alterações, o que contribuiu para uma ligeira melhora no Ibope.

Outro grande problema de Além do Horizonte é que o folhetim prescinde de uma das principais características do gênero: a reiteratividade. O telespectador que perde um capítulo sente-se completamente abandonado no meio da história. Tal fato figura, por outro lado, uma excelente qualidade, evitando que a narrativa seja repleta de barrigas, aqueles momentos nos quais absolutamente nada acontece nas tramas.

Investir em novos rostos na televisão é ótimo para dar frescor ao banco de elenco da emissora, mas é importante treiná-los antes de encarar as câmeras. Nomes como Vinicius Tardio (Rafa) e Christiana Ubach (Paulinha) são dois exemplos de inexperiência e, no vídeo, mostram-se completamente apáticos.  

Misto de mistério a aventura, Além do Horizonte causou estranheza ao preterir o romance clássico dos folhetins. Pouco a pouco, porém, os autores vêm investindo mais nas histórias de amor, em especial na de Heloisa (Flávia Alessandra) e Tomás (Alexandre Borges). A presença da vilã Tereza (Carolina Ferraz) entre o casal também contribuiu para dar um tempero especial à história de encontros e desencontros entre eles. A atriz deixou de lado a apatia inicial da personagem e vem dando a ela tons mais maldosos. Em outras palavras, Tereza vem mostrando suas garras e Ferraz faz vilãs como poucas atrizes da televisão conseguem fazer.

Já Inês (Maria Luisa Mendonça), a esposa abandonada, envereda para o humor, encarnando o papel da mulher vingativa. O humor, aliás, volta a dar as caras na novela. Característico do horário, o riso havia sido abandonado no início da trama, em detrimento da aventura e do mistério. Ao notarem que ele fazia falta, a dupla de autores colocou graça no texto, em especial no núcleo da fictícia vila de Tapiré. Destaque para as irmãs Ana Selma (Luciana Paes) e Ana Rita (Mariana Xavier) e para Keila (Sheron Menezes), que nos seus surtos de ciúme provocou risos da plateia. No núcleo do Rio de Janeiro, Priscila (Laila Zaid) é outra que transita com naturalidade nesse terreno.

E por falar no texto, ele é bem pontuado. Não chega a ser um grande achado na teledramaturgia _está distante da qualidade de um Manoel Carlos ou Gilberto Braga, por exemplo_, mas fica longe de ser piegas. Ao descortinarem os mistérios de Além do Horizonte, a trama torna-se mais palatável. Ainda assim, a novela continua penando por um erro de estratégia. Sem dúvida alguma, funcionaria muito melhor como um seriado do que como folhetim. E quanto a isso, não há o que se fazer a não ser esperar pelo fim.

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