Vilã fura-olho em Gênesis, Camila Rodrigues 'não passa pano' para Nadi

Intérprete de Nadi em Gênesis, Camila Rodrigues não consegue mais defender a conduta da personagem. No início das gravações da quarta fase da novela, a artista até gostava de entender as nuances trazidas pela sacerdotisa, porém, com a exibição da trama e a opinião do público sobre a aliada de Enlila (Maria Joana), ela deixou de "passar pano" para a moça. 

"Tentei muito defender Nadi, é engraçado porque você está envolvida no trabalho. Mas, quando você vê de fora, fica com dó da Amat [Branca Messina]. Nesse relacionamento com Terá [Angelo Paes Leme], por mais que naquela época um homem pudesse ter duas mulheres, ela fez tudo errado e o resultado é esse casamento fatídico", diz a atriz em entrevista ao Notícias da TV. 

Uma das protagonistas da fase de Ur dos Caldeus, a sacerdotisa foi responsável por ajudar Terá a se desvirtuar dos preceitos de um único deus e aproveitou para tirar uma "casquinha" do marido de Amat. A relação extraconjugal durou dez anos e, quando a sobrinha de Kissare (Norival Rizzo) saiu de seu posto como líder religiosa, ela se tornou sua segunda mulher. 

O caminho torto que a mãe de Naor (Daniel Blanco) percorreu para lutar por esse amor resultou em uma velhice distante do que ela havia sonhado quando conheceu o pai de Abrão (Vitor Novello). Para mostrar essa dualidade da personagem em tela, Camila Rodrigues apostou em uma roupagem diferente para Nadi depois que 30 anos se passaram desde que ela conheceu o amado.

"Acabei condensando um pouco mais os movimentos e baixando um pouco mais a minha voz para mostrar que há muito cansaço. Ela foi atrás de uma coisa e até hoje não é feliz. Então, eu pensei nisso para dar esse peso maior. Desacelerei um pouco a Nadi", explica ela. 

Mais velha, Nadi se frustra com casamento

Mudança da personagem 

Durante a última passagem de tempo, que avançou 17 anos na história de Ur dos Caldeus, os lindos adornos de cabeça e a maquiagem pesada ao redor dos olhos de Nadi deram lugar aos cabelos brancos e às marcas do sol forte do Oriente Médio.

Assim, com a caracterização feita pela equipe de maquiagem da Record, a atriz teve mais liberdade para conseguir ver a personagem envelhecida em cena. Segundo Camila, o trabalho durava em média duas horas por dia: "Quando você tem a imagem e a caracterização, você acredita que aquilo realmente aconteceu. Fica mais natural", complementa a artista.

Defesa justa

Apesar de Camila Rodrigues sentir na pele como as escolhas de Nadi influenciaram sua trajetória durante todo esse tempo em que esteve no papel, a atriz ainda acredita que a moça não deve ser vista como uma vilã clássica de novela. E ela avisa: tem muita gente ruim no vilarejo também. 

"Essa maldade se confunde com essas paixões. De ser muito inconsequente, egoísta e não pensar no próximo. Eu acredito que ela tem um estilo mais pra vilania, porém, ela é mais inconsequente no que quer", finaliza Camila. 

Além das entrevistas e dos spoilers, confira os resumos de Gênesis que são publicados diariamente pelo Notícias da TV. A trama da Record foi a primeira inédita a estrear em 2021.

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