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Novela das nove

Velho Chico: Após briga, Carlos Eduardo planeja morte de Bento

Reprodução/TV Globo

Marcelo Serrado (Carlos Eduardo) e Antonio Fagundes (Afrânio) em Velho Chico, da Globo - Reprodução/TV Globo

Marcelo Serrado (Carlos Eduardo) e Antonio Fagundes (Afrânio) em Velho Chico, da Globo

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 1/7/2016 - 5h18

A vida de Bento (Irandhir Santos) correrá risco depois que o vereador fizer acusações contra Afrânio (Antonio Fagundes) em uma discussão no meio da rua. Puxa-saco do coronel em Velho Chico, Carlos Eduardo (Marcelo Serrado) afirmará que chegou a hora do Saruê mandar matar o rival. O deputado alegará que o inimigo precisa ser derrubado antes que conquiste mais gente para seu lado. Suas palavras até assustarão Afrânio.

Uma sessão na Câmara de Vereadores de Grotas de São Francisco, transmitida pela rádio da cidade, deixará o coronel irritado com Bento, que exigirá a votação de um projeto de saneamento. Dias depois, o Saruê resolverá fazer "política" pela cidade, acompanhado do marido de Tereza (Camila Pitanga). Ele fará uma doação à igreja e estará saindo do local quando se deparar com o irmão de Santo (Domingos Montagner).

Bento dirá ao padre Benício (Carlos Vereza) que volta outra hora, olhando de rabo de olho para o coronel. "Pode ficá, vereadô, Deus e a igreja acolhe qualqué um", provocará o Saruê. Isso será o suficiente para eles começarem uma discussão, com Afrânio falando que Bento inveja quem é abençoado por Deus e deu certo na vida.

"Sua riqueza caiu do céu, não, Saruê! Veio foi de terra grilada, de posseiro expulso a tiro, de índio tocado por facão, de escritura comprada em cartório! Deus não tava no meio disso, não! Estava era sua mão que mandava em bando de cangaceiro atacar esses desvalidos", vai disparar o vereador.

Afrânio vai espumar de raiva. "Quer vê a prova de metade disso, seu moleque", gritará o coronel, que será contido pelo genro. Pessoas vão se aglomerar para ver a confusão, e o padre pedirá para ambos acalmarem os ânimos. "Tem mais senzala, não, coronel! Nem chibata, nem medo de jagunço! A democracia vai lhe varrer do mundo", continuará Bento.

"É a boca que chama a desgraça, vereadô! E a sua tá chamando faz tempo", ameaçará o pai de Tereza. "Minha boca chama é justiça! E ela já demorô foi tempo demais! O povo vai lhe cobrar o rio envenenado, o esgoto a céu aberto, os filhos doentes", esbravejará o vereador.

O bate-boca vai continuar, mas o deputado conduzirá o sogro para discursar em prol do povo e mudar o jogo. Benício puxará Bento para dentro da igreja ao ver que ele está partindo para o descontrole, falando com a raiva que tem guardada no peito. Carlos puxará aplausos para o coronel, que afirmará que Bento é um desordeiro.  

Depois, o deputado vai sugerir que o coronel mande matar o rival. "Chegou a hora de dar um fim nesse sujeito! Não espere mais, coronel! O senhor sabe que essa gente só se derruba antes deles se levantarem", dirá Carlos Eduardo. Com isso, ele vai surpreender o sogro e ganhar uns pontos na luta pela sucessão de seu "trono".


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