Novela das nove
Caiuá Franco/TV Globo
O ator Antonio Fagundes (Afrânio) em cena da novela das nove, Velho Chico
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 14/4/2016 - 5h16
Afrânio (Antonio Fagundes) vai declarar guerra a Santo (Domingos Montagner) e à cooperativa de agricultores de Velho Chico. Um produtor se rebelará e venderá sua safra ao coronel, sabotando a cooperativa. Seus colegas ficarão indignados. Para impedir a entrega, eles derrubarão parte da carga de frutas na estrada. Santo impedirá que algo pior aconteça e avisará Edenilson (Flávio Rocha) que ele será processado, já que fez empréstimos junto com os demais cooperados. Ele se unirá ao Saruê, que mandará incendiar a cooperativa e roubar os contratos que seu protegido assinou.
O incêndio será testemunhado por Lucas (Lucas Veloso), funcionário da cooperativa. Ele se esconderá debaixo de uma mesa na hora em que Cícero (Marcos Palmeira) invadir o local com outros jagunços. "Seus homens, todos apeados, investem contra a cooperativa. Dois deles quebram uma vidraça, enquanto outro força a porta. Nos olhos de Cícero, se desenha com clareza o tamanho de sua satisfação", descreve o roteiro.
A cena deve ir ao ar no dia 22. Dentro da cooperativa, os jagunços vão revirar tudo, arrancando e quebrando computadores. Cícero vasculhará os arquivos atrás da pasta de Edenilson. "Quero tudo isso aqui do avesso! Quebrem tudo. O nome do cabra é Edenilson. Vocês ponham fim em tudo que tiver com nome desse infeliz", gritará o braço direito do Saruê.
"Num é pra dexá nada de pé! E se alguém aparecê, ocês pode dá fim, que é pra não deixá testemunha", ordenará Cícero. Nesta segunda fase da novela das nove, ele assumiu o lugar do pai, Clemente (Julio Machado).
reprodução/tv globo
O ator Marcos Palmeira (Cícero) em cena da nova fase da novela das nove da Globo
Ódio eterno
Cícero chutará portas e tudo o que ver pela frente. Seu desejo é encontrar Santo e matar o rival. "Diabo! Cadê os contratos desse maldito?", esbravejará, irritado. Ele verá uma luz vindo debaixo da porta da sala do presidente. Lucas estará analisando os contratos de Edenilson e ficará apavorado.
Cícero arrombará a porta. "Eu sei que é ocê que tá aí seu mal’adiçoado. Cadê ocê, covarde. Apareça", gritará o jagunço. Escondido debaixo da mesa, Lucas estará abraçado aos documentos de Edenilson. Cícero verá a pasta com o nome do rebelado e alguns papéis. Ele roubará a documentação e será obrigado a sair correndo, pois, do lado de fora, luzes de outras casas se acenderão.
Um jagunço avisará que tem gente vindo para o local e que eles não têm mais tempo. "Ocê escapô hoje, amanhã ocê num me escapa", dirá Cícero, saindo às pressas.
Enquanto ele e outro jagunço estiverem saindo da cooperativa, outros dois galoparão ao redor do prédio, atirando tochas de fogo embebidas em querosene pelas janelas quebradas. "Eu vô lhe encontrá mal’adiçoado, aí vai sê eu e ocê, ocê e eu", gritará Cícero, antes de partir e deixar o rastro de destruição.
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