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Velho Chico

Rodrigo Santoro volta às novelas 'cabra-macho' e cheio de ‘pegada’

Reprodução/TV Globo

Rodrigo Santoro (Afrânio) em cena da nova novela das nove da Globo, Velho Chico - Reprodução/TV Globo

Rodrigo Santoro (Afrânio) em cena da nova novela das nove da Globo, Velho Chico

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 14/3/2016 - 5h42

Treze anos após sua última novela, Rodrigo Santoro está de volta a partir desta segunda-feira (14) ao horário nobre da Globo. Em Velho Chico, ele interpretará Afrânio, um cabra-macho do sertão nordestino. Apesar de rude, ele será conquistador, daqueles homens com "pegada". Filho de coronel, o estudante de direito viverá uma paixão ardente com a cantora Iolanda (Carol Castro) logo nos primeiros capítulos. A Bahia do final da década de 1960 é o cenário desse romance, com a Tropicália no ar e a sofrência de um amor proibido. As sequências dos beijos e amassos do casal são de tirar o fôlego. 

O personagem vai terminar o relacionamento ao voltar para fictícia cidade de Grotas de São Francisco, onde seu pai, o coronel Jacinto (Tarcício Meira), criou o império da família, uma fazenda que produz algodão. Lá, ele se casa com Leonor (Marina Nery) e tem dois filhos. Somente 17 anos depois, à beira da morte, voltará a ter contato com Iolanda, a mulher que nunca saiu de sua cabeça. "Essa história de amor tem uma crítica social", diz o ator.

Ele se refere ao fato de a mãe do personagem, Encarnação (Selma Egrey), rejeitar Iolanda como se ela fosse a pior mulher do mundo para se casar. O próprio personagem mostrará o machismo de um homem, que mesmo extremamente apaixonado, não aceita essa mulher livre para ser mãe de seus filhos. 

reprodução/tv Globo

Santoro e Carol Castro protagonizam cenas quentes na primeira semana da trama

O amor interrompido e mal resolvido será um dos conflitos de Afrânio ao longo da novela das nove. Nos primeiros 24 capítulos, o coronelzinho (como é chamado em cena) é interpretado por Santoro. Depois, Antonio Fagundes assume o papel.

"O personagem se transforma no decorrer da trama. Se transforma a cada capítulo. Ele vai amadurecendo. Ele começa de um jeito e termina de um jeito complexo, completamente diferente, na minha participação. Vai viver emoções fortes. Não é necessariamente um bom exemplo. É um personagem muito interessante de fazer, que representa algo muito importante na história do nosso país. Falamos da origem do coronelismo, mas ele não representa só isso.”

Banho de mangueira

Enquanto o público vê o começo dessa história, Rodrigo Santoro já estará envolvido com a continuação das gravações da série Westworld (HBO), nos Estados Unidos. "Eu tive uma pausa durante as gravações desse seriado. O convite veio exatamente no momento que eu tive essa pausa. A gente parou no episódio seis. Tive um hiato, como eles chamam", explica o ator. 

É por causa dos trabalhos fora do país que ele diz que é muito difícil fazer uma novela inteira. Porém, Santoro revela que estava sentindo falta do contato com a a massa de seu país, algo que só as novelas atingem. Para ele, os folhetins dialogam com o grande público de uma forma única. "Estava com vontade de chegar mais perto das pessoas. Acho que o artista realmente, sem demagogia, precisa dessa proximidade. Isso alimenta a alma."

As gravações no Nordeste foram intensas, mas ele conta um episódio bem interessante no sertão, onde não foi tratado como astro. Um lugar onde a grande estrela era um caminhão-pipa que chegou junto com a produção da trama.

"Depois de um dia imenso, eu tomei banho da mangueira de um caminhão-pipa com as crianças em Raso da Catarina, uma comunidade pequena no sertão da Bahia. Algo que nunca irei esquecer, mas, ao mesmo tempo, foi tão doloroso ver a alegria daquelas crianças ao ver a água. Quando a gente chegou por lá, a produção até se preocupou com a questão do assédio, mas eles não estavam nem aí. O caminhão-pipa era a grande estrela ali. Foi marcante", comenta. 


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