Regino morre em O Rei do Gado? Sem-terra completa missão de Caxias antes do fim

Regino (Jackson Antunes) será assassinado brutalmente no final de O Rei do Gado. O jagunço de um fazendeiro poderoso vai atirar nele e em seus dois aliados, Lupércio (Adenor de Souza) e Formiga (Cosme dos Santos). Antes de morrer, contudo, ele realizará o sonho de Caxias (Carlos Vereza) e assentará um grupo de sem-terra pacificamente num terreno improdutivo.

Mas o senador não poderá ver a cena que tanto esperou. Aliás, ele confiará essa missão a Regino justamente em seu leito de morte. Dias antes do líder do movimento sem-terra ser assassinado, o político também sofrerá um atentado e acabará morto. O marido de Jacira (Ana Beatriz Nogueira) estará junto dele no momento.

Os dois estarão caminhando por um terreno, cuja ocupação dos sem-terra estará as vias de ser regularizada, quando o jagunço de um fazendeiro da região disparar a sua arma. Em seus últimos suspiros, o senador fará um apelo:

ADEUS, TARZAN

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IRMÃO DE VIOLA

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Me prometa uma coisa: não deixe que essa morte seja à toa, Regino. Não adianta fazer mais nada, eu só te peço que não deixe ser em vão. Esse é sonho da minha vida: paz! Violência, não! A cada movimento de violência, eu te peço, meu irmão, que, pelo amor de Deus, responda com paz.

Regino cumprirá a promessa. Ele seguirá o processo de assentamento em paz, apesar de estar na mira dos latifundiários da região. Todos terão medo de que suas terras sejam invadidas caso tenham uma parte do movimento sem-terra nas redondezas. Os jagunços desses homens vão rodear o terreno o tempo inteiro. Quando todos os integrantes já tiverem construído seu lar e suas plantações, eles cometerão um atentado.

O personagem de Jackson Antunes só perceberá os jagunços à espreita quando for tarde demais. Ele só terá tempo de agarrar um punhado de terra com as mãos, numa uma ode à reforma agrária, o grande objetivo de sua vida. Morrerá ali mesmo, ao lado de Lupércio e Formiga. 

Regino morre segurando punhado de terra

Os próprios sem-terra encontrarão os corpos de Regino e de seus dois amigos. A notícia correrá os jornais do país, e Luana (Patricia Pillar) sofrerá muito quando souber do destino do homem que a acolheu. "Ele era de paz! Era do bem! Como será que está dona Jacira?", lamentará a boia-fria. Bruno (Antonio Fagundes) tentará confortá-la.

Jacira estará em frangalhos, claro. Apesar de ter discutido com o marido tantas vezes devido à causa, exausta de passar a vida sob risco, ela verá a morte dele como um ato nobre. Juntará coragem e fará um anúncio aos seus colegas: ela assumirá o posto de líder do movimento e os guiará à reforma agrária.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luís Fernando Carvalho,  a novela rural, exibida originalmente em 1996, conta a saga de Bruno Mezenga, eterno rival dos Berdinazzi.

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