Rainer Cadete entrega 'revolução' que virou Êta Mundo Bom! de cabeça para baixo

Rainer Cadete encarou uma montanha-russa para viver Celso em Êta Mundo Bom!. Cheio de altos e baixos, o personagem começou a trama com ares de vilão, pronto para colocar as mãos na fortuna de Anastácia (Eliane Giardini). Bastou se apaixonar por Maria (Bianca Bin), porém, para o rapaz se redimir, cair no gosto popular e virar o folhetim de cabeça para baixo --o casal roubou a cena e deixou de ser apenas coadjuvante.

O autor Walcyr Carrasco não levou muitos capítulos para perceber a resposta do público, corrigir tropeços e rapidamente promover os dois ao posto de protagonistas ao lado de Candinho (Sergio Guizé). O malandro viveu uma verdadeira metamorfose graças a seu romance com a "empregadinha", apelido maldoso que sua irmã Sandra (Flávia Alessandra) colocou na filha de Severo (Tarcisio Filho).

Os críticos torceram o nariz para o clichê rasgado, mas o par virou "queridinho" dos telespectadores e ajudou a novela a terminar com uma das maiores audiência nos últimos dez anos. "Celso teve um processo lindo de transformação em que descobriu o amor, e eu acredito plenamente no poder revolucionário que o amor nos proporciona em todos os aspectos da nossa vida", diz o ator ao Notícias da TV.

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O galã se surpreende ao ver o fenômeno se repetir com a reprise no Vale a Pena Ver de Novo. Além do texto de Walcyr e da direção de Jorge Fernando (1955-2019), ele credita parte do sucesso à sua parceria com Bianca Bin. Os dois são amigos desde muito antes da produção.

"Estar com a Bianca foi um deleite, uma atriz talentosa, uma amiga muito querida. Esse trabalho também foi uma celebração dos nossos tantos anos de amizade", conta o pai de Pietro, de 12 anos.

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

Celso (Rainer Cadete) pede Maria (Bianca Bin) em casamento no folhetim de Walcyr Carrasco

Bom para o moral

Os atores terminaram em alta na emissora e com moral junto a Carrasco. Enquanto Bianca virou protagonista de O Outro Lado do Paraíso (2017), Rainer ganhou o papel de Téo em A Dona do Pedaço (2019). Palerma, o fotógrafo comeu o pão que o diabo amassou nas mãos da vilã Josiane (Agatha Moreira) e chegou a ter o fígado dilacerado com um picador de gelo.

"O Téo foi um personagem importante, com o qual pudemos discutir as relações abusivas que tanta gente vive e não consegue sair. Muitas vezes com finais trágicos. Eu me recordo de sair na rua e ser abordado por pessoas que queriam dar conselhos para ele, tentando alertar e ajudá-lo a sair daquela situação", rememora o brasiliense.

Mesmo com a volta de Celso à faixa de reprises da emissora, ele assegura que as pessoas não se esqueceram do genro de Maria da Paz (Juliana Paes). "Acho que quem é mais órfão de todos esses personagens sou eu mesmo, mas até hoje muita gente fala comigo também sobre o Rafael [de Amor à Vida, 2012] e o Visky [de Verdades Secretas, 2014]", afirma o artista.

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