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CHANDELLY BRAZ

Radical em Orgulho e Paixão, atriz troca aventuras por aconchego do sofá

João Miguel Júnior/TV Globo

Chandelly Braz interpreta Mariana em Orgulho e Paixão: fortes emoções, só na ficção - João Miguel Júnior/TV Globo

Chandelly Braz interpreta Mariana em Orgulho e Paixão: fortes emoções, só na ficção

LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro

Publicado em 25/3/2018 - 6h57

Intérprete da aventureira Mariana Benedito em Orgulho e Paixão, Chandelly Braz se define como uma pessoa bem mais tranquila. Enquanto a personagem gosta de viver fortes emoções e até disputará corrida de motos, a atriz troca a adrenalina pela calmaria sem pensar duas vezes: "Adoro o aconchego da minha cama e do meu sofá", diz ela.

"A Mariana é 30 mil vezes mais aventureira do que eu. E é mais interessante também. Ela gosta de viver fortes emoções, eu prefiro as aventuras que um bom filme me proporciona, sem precisar sair de casa (risos)", diverte-se Chandelly.

A atriz de 33 anos ressalta que já teve seus momentos de fazer loucuras, mas que elas não estavam diretamente relacionadas à adrenalina. "Eu venho de uma família de quatro irmãos e fui a única que saí de casa, mudei de cidade para ser atriz, só vejo meus parentes uma vez por ano. Acho que não deixa de ser uma aventura", explica Chandelly, nascida no interior de Minas Gerais e criada em Pernambuco.

"Então, se fosse para comparar minha família com a da Mariana, talvez eu seja a irmã aventureira mesmo. Mas eu sou capricorniana com ascendente em Touro, dois signos do elemento Terra, fico com os pés no chão. Até tenho um lado mais intenso, mas sei que andar de moto, por exemplo, não é comigo, não", define.

De qualquer maneira, a motocicleta vai virar companheira frequente da atriz nos próximos meses. É que, em Orgulho e Paixão, Mariana vai descobrir um circuito de corridas no Vale do Café e acabará participando das disputas. Como as mulheres de 1910 não tinham muitos direitos, ela se disfarçará de homem para poder competir.

E é justamente em cima da moto que a personagem se aproximará do misterioso Motoqueiro Vermelho, sem imaginar que ele é, na realidade, o coronel Brandão (Malvino Salvador), a quem Mariana dispensou, por considerá-lo entediante.

"O que eu gosto na personagem é que ela não espera as coisas acontecerem, ela vai atrás. É uma mulher que se veste de homem para correr de moto, que faz coisas totalmente erradas para o padrão da época. Isso é um passo muito maior do que as pernas dela. Eu defino a Mariana como uma faísca."

A atriz Kate Winslet viveu Marianne no filme Razão e Sensibilidade, de 1995 (Divulgação/Sony Pictures)

A Mariana de Chandelly também é bem brasileira, ao contrário da Marianne Dashwood, personagem do livro Razão e Sensibilidade que serviu de inspiração para a aventureira _e que foi vivida por Kate Winslet no cinema em 1995.

"Eu já tinha visto o filme há muitos anos. Até pensei em rever para a novela, mas achei melhor não. Ia ficar com aquela imagem marcada. A minha Mariana tem uma brasilidade... E é a Kate Winslet, minha gente, não dá para competir (risos)", brinca.

'Acho muito difícil dizer certas coisas'
Feminista de carteirinha, Chandelly valoriza o fato de Orgulho e Paixão apresentar as mulheres como personagens fortes, mas admite que sente dificuldade para reproduzir alguns dos diálogos que estão no roteiro da novela.

"Estou aprendendo muito com a Mariana porque, às vezes, nós gravamos uma cena e eu preciso falar ou ouvir algo que hoje soa completamente absurdo. Acho muito difícil dizer certas coisas. Mas aí respiro fundo e lembro que era 1910, o discurso da época era bem diferente", confessa a atriz.

Ela, inclusive, não perde a chance de alfinetar quem defende que o casamento é um rito indispensável para as mulheres de hoje, como era na época em que a novela se passa. "Casamento não é nem um pouco indispensável. O que eu considero indispensável para as mulheres é tudo aquilo que elas desejam para si. Quer casar, case; quer ter filhos, tenha. Não quer, tudo bem também", incentiva.

"Também acho que é indispensável lutar. Nós não podemos nos abster da luta por nossos direitos. Nem achar que conquistar o que temos hoje foi fácil, porque não foi. Mulheres muito fortes foram muito censuradas e passaram maus bocados para que hoje eu possa usar uma minissaia. Então, precisamos permanecer na luta", discursa.

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