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O AMOR É NOSSO

Problemática, novela feita sob medida para Fábio Jr. virou dor de cabeça para Globo

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Fábio Jr. veste camisa branca e está com expressão séria em cena como Pedro na novela O Amor É Nosso

Fábio Jr. em cena como Pedro em O Amor É Nosso (1981): nem presença do cantor salvou novela

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 27/4/2023 - 6h30

Há 42 anos, O Amor É Nosso (1981) estreava na faixa das sete da Globo e usava Fábio Jr. como trunfo para atrair o público. No entanto, a novela escrita por Roberto Freire (1927-2008) e Wilson Aguiar Filho (1951-1991) não atendeu às expectativas e acabou considerada um dos maiores fracassos da emissora e precisou ser reformulada.

Galã na época, Fábio Jr. já tinha atuado em produções como Nina (1977), Ciranda Cirandinha (1978), Cabocla (1979) e Água-Viva (1980). Além de protagonizar O Amor É Nosso, ele ainda cantava a música-tema da história, Eu Me Rendo.

A trama era feita sob medida para o artista. Ele interpretava o jovem Pedro, cantor que buscava fama e reconhecimento. O rapaz saía da casa dos pais depois de descobrir que o irmão, Claudio (Ney Sant’Anna), tinha se envolvido com sua namorada, Selma (Zaira Zambelli). O mocinho foi morar numa comunidade de estudantes e conheceu Nina (Myrian Rios), por quem se apaixonou.

Mas a história não conquistou o telespectador, que ficou confuso com o emaranhado de personagens. A novela foi tão problemática que a emissora chegou a apagar todas as fitas dela, deixando registradas apenas a abertura e algumas chamadas.

Para tentar reverter a rejeição, o autor Walther Negrão assumiu o comando dos roteiros. À época, foi cogitado usar uma tragédia para eliminar personagens --tal qual Janete Clair (1925-1983) havia feito em Anastácia, a Mulher Sem Destino (1967). Mas o acidente de ônibus acabou descartado, e o novelista usou apenas uma passagem de tempo.

"Como peguei a novela exatamente na metade, achei melhor encerrar algumas tramas propostas pelos outros autores para poder desenvolver a minha. Assim, todos os personagens ligados ao lado policial da novela vão desaparecer, porque pretendo destacar o lado romântico da história. Mas não haverá o ônibus da morte", declarou Negrão ao jornal Folha de S.Paulo.

A passagem de tempo provocou mudanças na narrativa, no comportamento e caracterização dos personagens e também em figurinos e cenários. Mas nem assim a audiência reagiu, e o folhetim acabou com menos de 40 pontos de média --índice considerado baixo na época.


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