Paolla Oliveira explica motivo de não ter assistido à primeira versão de Vale Tudo

Intérprete de Heleninha no remake de Vale Tudo, Paolla Oliveira revelou que não assistiu à versão de 1988 da novela. A atriz explicou que preferiu não tomar como ideia principal as antigas performances do elenco, e assim criar nuances únicas de sua personagem. Ela viu apenas algumas cenas da pintora interpretada por Renata Sorrah na obra original e sequências que ficaram marcadas na teledramaturgia.

Em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta nesta segunda (31), Paolla admitiu que teve curiosidade de assistir ao folhetim por conta do frisson provocado pelos telespectadores ao descobrirem que o remake de fato aconteceria. Na época da primeira versão, ela tinha apenas seis anos.

"Fui ver apenas algumas partes, mas eu queria ver como era a novela como um todo, fiquei interessada", contou ela. Paolla não tem memórias de ver o folhetim na TV. "Eu não sei exatamente, era bem pequeninha. Lembro dessas partes icônicas", acrescentou.

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"Os personagens são muito interessantes, dúbios. Os relacionamentos se dão em caráter e personalidade. Era uma história que deveria ser à moda antiga, mas me agradou muito. Sou tão orgulhosa de reviver essa história. Na cara de pau eu liguei para a Renata e combinamos de nos encontrar. Então ela me deu essa bênção", admitiu Paolla.

A atriz ficou apreensiva com a recepção do público. "Começou a ser falado muito tempo antes e foi aumentando a nossa expectativa. Nós chegamos para um trabalho, mas fomos vendo os comentários e ficando na expectativa junto com o público", revelou.

Várias pessoas falam para mim que a Heleninha virou um adjetivo para quem bebe, e essa graça ainda aparece. Esses dias eu fui perguntada sobre o que tinha mudado, e muita coisa mudou. Por exemplo o ingresso de mulheres no AA [alcoólicos anônimos], pedindo ajuda e entendendo que isso é uma doença.

"Mas ainda tem um estigma muito gigante, as alcoolistas sofrem muito mais. Vale muito nós recontarmos essa história a partir de um outro olhar. Que o público possa rir de algumas cenas, que são patéticas. Nos trazem um riso, mas também um incômodo", concluiu Paolla Oliveira.