E O VENTO LEVOU
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Jussara (Tatiana Tibúrcio) acolhe Aline (Barbara Reis) após fogo no milharal de Terra e Paixão
Aline (Barbara Reis) voltou a repetir o juramento que fez a Deus, de que vai "plantar e colher", no capítulo de segunda (10) de Terra e Paixão. A insistência da protagonista chamou a atenção do público, que até cogitou a possibilidade de a novela das nove fazer um aceno ao público evangélico. O voto sagrado da fazendeira, no entanto, remete a ...E o Vento Levou (1939) --exibido pela última vez na Globo em 1999.
A professora de Matemática foi chamada até de "crente" por alguns telespectadores nas redes sociais. Uma desconfiança reforçada pelas próprias decisões mais recentes da emissora, que decidiu apostar alto para atrair a audiência neopentecostal com tramas como Vai na Fé.
As súplicas de Aline, contudo, dialogam muito mais com as referências culturais "escondidas" por Walcyr Carrasco em seus folhetins. Ele não se faz de rogado quando o assunto é citar a Era de Ouro de Hollywood em suas histórias --reverenciando aqui o clássico ...E o Vento Levou.
Se a filha de Jussara (Tatiana Tibúrcio) encontrou o milharal incendiado por Irene (Gloria Pires), Scarlett O'Hara (Vivien Leigh) entrou em desespero diante de sua horta destruída e saqueada por uma batalha da Guerra de Secessão (1861-1865). Faminta, ela teve que se contentar apenas com um nabo murcho.
O juramento de Scarlett nesta sequência se tornou um dos mais famosos da história do cinema, a ponto de reverberar na personagem de Barbara Reis:
Por Deus, eu juro! Por Deus, eu juro: eles não vão acabar comigo. Eu vou passar por tudo isso e, quando terminar, jamais sentirei fome de novo. Nem eu nem minha família. Mesmo tendo que matar, mentir, roubar ou trair. Eu juro, por Deus, jamais sentirei fome novamente.
Carrasco já citou outras obras da Era de Ouro de Hollywood em suas histórias, a exemplo de Almas em Suplício (1945). No filme, Mildred (Joan Crawford) se tornava uma rica empresária no ramo de alimentação, mas sofria nas mãos da filha egoísta. Uma forte inspiração para Maria da Paz (Juliana Paes) e Josiane (Agatha Moreira) em A Dona do Pedaço (2019).
O drama de Elizabeth (Gloria Pires) em O Outro Lado do Paraíso também tinha elementos de Madame X (1966), filme estrelado por Lana Turner e baseado na obra do dramaturgo francês Alexandre Bisson (1848-1912).
Êta Mundo Bom! (2016), por sua vez, era uma homenagem à filmografia de Amácio Mazzaropi (1912-1981). Candinho (Sergio Guizé) era uma espécie de alter ego do ator e diretor que imortalizou a figura do caipira no cinema brasileiro.
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