Isabelle Drummond diz que Novo Mundo marcou momento de transição em sua vida

No ar na reprise de Novo Mundo, Isabelle Drummond diz que a novela das seis da Globo marcou um momento de transição em sua vida pessoal. Enquanto gravava o folhetim em 2017, a intérprete de Anna começou a dar os primeiros passos como empresária. A atriz de 26 anos tem uma marca de comida saudável e administra a ONG Casa 197, que atende a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

"Essa novela, sem dúvida, marcou um momento de transição na minha vida. Eu estava numa fase pessoal de edificar muitas coisas. Abri minha empresa durante a novela e a ONG. Fora que eu estava num momento assim até nas coisas simples", relembra ela em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

"Vivia num 'lugar de passagem' (risos). Estava morando em São Conrado [no Rio de Janeiro] e os amigos falavam: 'Ah, você vai morar ali? Mas ali é passagem!'. E eu falava: 'É isso mesmo: estou num momento de passagem, de transição'. Foi um momento especial internamente para mim: de muito aprendizado, crescimento pessoal... Quando vejo a novela no ar penso: 'Caramba, estava vivendo tanta coisa ali'", pondera a artista.

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Durante a quarentena, Isabelle tem acompanhado algumas cenas de sua personagem na trama de Thereza Falcão e Alessandro Marson. "Ela é muito contida, muito 'inglesa'. Anna e Thomas [Gabriel Braga Nunes] tinham uma cultura totalmente diferente da que nós temos, né? A gente observa o dom Pedro [Caio Castro] e pensa: 'Ah, esse aí é dos nossos!'. Mas os ingleses têm uma postura única, distante, e não se pode sair disso", analisa.

"É interessante assistir. E eu fico me criticando para caramba! Falo: 'Meu Deus, se eu voltasse, eu faria assim ou assado'. Olha, eu nem me via. Nunca gostei. A Lei do Amor (2016) foi a primeira coisa a que assisti com coragem", conta ela.

"E, em Novo Mundo, o Vinícius [Coimbra] falava para mim: 'Nossa, que lindo o que você fez'. E eu não acreditava: 'Não! Não ficou bom, não'. Agora, ao assistir, me critiquei, mas também admirei e chorei junto. Bastante! É um trabalho lindo. Eu é que sou muito crítica", afirma a atriz.

Isabelle acredita que a reprise do folhetim é importante para o momento de isolamento social em que vivemos por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). "Empatia é o tema do momento. Entender a raiz dos problemas, se colocar no lugar do outro... Essa novela tem tanto essa reflexão quanto a informação de quem nós somos, do porquê nós [brasileiros] somos o que somos hoje", filosofa.

"A gente carece de educação, e o entretenimento tem um potencial educativo muito grande. Neste momento em que estamos parados vendo tudo acontecer ao nosso redor, sem poder sair de casa, nada melhor do que conteúdos educativos e também os que trazem alegria. A TV faz isso com a gente: tira peso de problemas, o entretenimento traz leveza... É bom para refrescar o coração", conclui.