NO ENCONTRO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Helena Ranaldi desvia o olhar e contorce o rosto ao rever cena de Mulheres Apaixonadas no Encontro
Longe das novelas há nove anos, Helena Ranaldi voltou à Globo nesta quinta (30) para relembrar a Raquel de Mulheres Apaixonadas (2003), um de seus papéis mais marcantes na TV. A atriz até chorou ao rever uma cena emblemática da personagem durante sua participação no Encontro com Patrícia Poeta. Na trama, cuja reprise no Vale a Pena Ver de Novo está em sua última semana, a personagem sofria violência doméstica de Marcos (Dan Stulbach).
Na cena recuperada pela produção do programa matinal, o marido agride a mulher com uma raquete. Ele arranca a toalha dela, deixando-a nua, derruba a professora na cama e a espanca, fazendo-a gritar de dor.
A violência fez a intérprete virar o rosto e, quanto mais tempo a cena era exibida, mais os olhos delas se enchiam de lágrimas. No fim, ela contorceu o semblante com agonia e fez um discurso, confessando ter se arrepiado:
Essa cena... Eu fiquei até emocionada, mesmo... A gente vai buscar a emoção de cada personagem, e essa emoção da violência... Esse lugar é muito difícil. Graças a Deus eu nunca passei por isso, mas, através da Raquel, eu vivenciei essa situação... É muito difícil, dentro da sua casa, um lugar que você precisa e merece acolhimento, de repente você ser agredida.
Patrícia Poeta destacou que, à época da exibição original, o Brasil ainda nem tinha uma legislação específica para esse tipo de crime. A Lei Maria da Penha só foi criada dois anos depois, em 2005.
Helena, inclusive, destacou que a novela contribuiu para a criação da Lei. "Eu lembro que eu e o Dan fomos a Brasília e participamos dessa mudança. Então, eu acho que teve um papel social fundamental, importante, que infelizmente tem que ter continuidade através de outras produções, porque é um tema que é atual", lamentou.
A atriz recebeu um recado do próprio Dan Stulbach, que ressaltou a logística para gravar as cenas. "Eu lembro de uma cena no vestiário, acho que foi a primeira cena de raquete, de violência propriamente dita... A Helena ficou atrás de um armário, segurando uma almofada, e eu batia na almofada. Então o público não a via, mas ouvia sua reação. E eu lembro de dizer: 'Segura essa almofada, porque eu vou com tudo'... Eu batia, ela gritava, e ficou uma cena forte e verdadeira."
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