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A PRÓXIMA VÍTIMA

Há 27 anos, André Gonçalves foi espancado na rua por personagem gay em novela

Nelson Di Rago/TV GLOBO

André Gonçalves caracterizado como Sandro na novela A Próxima Vítima (1995)

André Gonçalves interpretou Sandro em A Próxima Vítima (1995); personagem gay causou debate

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 27/9/2022 - 6h35

Disponível no Globoplay, A Próxima Vítima (1995) abordou várias questões sociais e gerou debate entre o público sobre homossexualidade, preconceito racial e social, prostituição, abandono de menores e drogas. Por interpretar Sandrinho, um rapaz gay, na novela de Silvio de Abreu, André Gonçalves chegou a ser espancado e perseguido na rua.

"Eu passei muitos maus bocados na vida, inclusive por ter feito o Sandrinho. Eu apanhei, fui perseguido, tomei ovada. Durante muitos anos, não foi só esse episódio. Eu tive que andar com segurança durante três meses, fui ameaçado de morte, perseguido por uma galera do bairro que eu morava no Rio de Janeiro", relembrou o ator em 2018 em entrevista ao Programa do Porchat (2016-2018).

Sandro era filho dos protagonistas Ana (Susana Vieira) e Marcelo (José Wilker). No decorrer do folhetim, ele engatava um romance com Jefferson (Lui Mendes), um estudante de Direito. O namoro dos dois impactou os telespectadores, que também discutiram sobre o envolvimento interracial entre um rapaz negro e um branco.

Uma das cenas marcantes da história é o momento em que Sandro conversa com Ana sobre sua orientação sexual. "Eu sei de muitos casos de mães que não aceitam, põem o filho pra fora de casa, acham que quem faz esse tipo de opção tá errado, é doença. Com certeza a senhora não concorda comigo, mas tá me respeitando. É fácil aceitar o filho de uma vizinha, uma amiga. Mas quando acontece dentro de casa... Sua cabeça deve ter dado um nó, né?", discursou o jovem.

"E deu mesmo, mas eu amo tanto você, Sandrinho. Você não mudou de jeito mesmo depois que você me contou tudo", afirmou a dona da cantina italiana, abraçando e apoiando o filho.

Violência contra a mulher

Marcada por uma sequência de assassinatos misteriosos, A Próxima Vítima também tratou sobre violência doméstica por meio de Isabela (Claudia Ohana). A vilã ambiciosa foi brutalmente espancada por Diego (Marcos Frota) no dia de seu casamento. O ricaço ainda a empurrou da escada por ter descoberto que a noiva o traiu com Marcelo.

Depois, Isabela ainda foi esfaqueada pelo personagem de José Wilker (1944-2014) e ficou com uma cicatriz no rosto. Marcelo se enfureceu ao saber que a amante também o traiu com Bruno (Alexandre Borges).

Ambas as cenas viraram alvo de membros do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. O órgão condenou as sequências e considerou que a novela promoveu um estímulo ao machismo.


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