MAYARA MAGRI
REPRODUÇÃO/TV GLOBO e INSTAGRAM
Mayara Magri na série Delegacia de Mulheres (1990) e atualmente (à dir.); atriz relembrou cena cortada em novela
Fora do ar desde uma participação no humorístico Toma Lá Da Cá (2007-2009), Mayara Magri poderá ser vista em breve na reprise de O Salvador da Pátria, novela de 1989 que será reexibida no canal Viva. Sobre a trama, a ex-atriz da Globo desenterrou a cena de aborto que gravou, mas que nunca foi ao ar. "Aquilo me marcou demais", relatou a artista.
Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Mayara explicou que o assunto ainda era muito tabu para a época em que a novela escrita por Lauro César Muniz foi exibida pela primeira vez.
Na trama, Mayara interpretou a personagem Camila, uma jovem rebelde que vivia em conflito com a mãe, Marina (Betty Faria). Na época, a atriz tinha 28 anos.
"Gravamos uma cena em que a Camila descobria que estava grávida e fazia um aborto. Porém, a sequência acabou cortada, e tivemos que regravar outra, em que ela perdia o bebê por atropelamento. Aquilo me marcou demais, porque esse é um assunto que ainda gera muito tabu", avaliou a veterana de 58 anos.
"Imagino que talvez essa cena não fosse ao ar nem nos dias de hoje, o que é uma pena. Já se passaram 30 anos e, ao invés de evoluir, parece que andamos para trás como sociedade. Fico completamente chocada com essa onda retrógrada que dominou não só o Brasil, mas o mundo", lamentou.
Sobre a reprise, a ex-Globo comemora o retorno à TV. "É impressionante como essas reprises têm uma repercussão enorme. Muitas pessoas me mandam mensagens e querem saber como eu estou. E 2020 virou o ano das reprises por conta da pandemia", constatou.
"Para quem gosta de novela, acho que tem um lado bom. As pessoas querem rever trabalhos que marcaram época. Isso ajuda a passar o tempo em dias tão difíceis", considerou a artista, que vem se dedicando totalmente ao teatro, mas que espera voltar às novelas um dia.
"O teatro sempre foi o meu foco. Sou muito feliz com a minha carreira. Ganhei vários prêmios e tive ótimas oportunidades na TV, no cinema e nos palcos. O 'estar fora do ar' chega uma hora que fica normal. Não foi uma decisão minha, foi um afastamento involuntário. Mas não me falta trabalho", declarou a atriz famosa por Roda de Fogo (1986) e Delegacia de Mulheres (1990).
"Estou sempre fazendo alguma coisa e sinto muito orgulho da trajetória que construí. Claro, tenho vontade de fazer TV, sim. Ainda espero poder interpretar novos papéis no ar", desejou.
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