Emocionada com Pantanal, fã encurrala Caco Ciocler no supermercado: 'Triste'

Intérprete de Gustavo em Pantanal, Caco Ciocler revelou, no Encontro desta terça-feira (24), que foi abordado por uma fã da novela num supermercado. A espectadora, que confundiu ator e personagem, se indignou com a calma de Ciocler diante da trágica morte de Madeleine (Karine Teles) na novela das nove da Globo.

"Eu estava fazendo compras, e uma senhora muito simpática me abordou e disse: 'Você não está triste que a sua namorada morreu?'. Eu respondi: 'Estou fazendo compras justamente porque estou triste'", contou, aos risos. "Triste com o preço das coisas e com a situação do personagem, né?", completou Fátima Bernardes, apresentadora da atração.

Madeleine sofreu um trágico acidente de avião, mas o terapeuta interpretado pelo ator ainda não sabe disso. A notícia chegará a ele em cenas que irão ao ar nesta terça-feira (24). Abalado, Gustavo cairá no mundo em uma viagem com Nayara (Victoria Rossetti).

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"Acho que a Nayara traz uma leveza que o Gustavo não tinha com a Madeleine. Ela é divertida, ela é leve, é um outro estado de vida, então talvez isso encante ele, sim. As diferenças são muito encantadoras, a natureza é assim. A diversidade é encantadora. A gente precisa se encantar com a diferença, e não ficar só no discurso", opinou.

Apesar disso, o artista tem certeza de que Gustavo amava Madeleine --diferentemente de Gabriel Stauffer, intérprete do psicólogo na primeira fase do folhetim de Bruno Luperi. Na visão do ator mais novo, o personagem se tornou obcecado pela dondoca. 

"Eu sempre me perguntei como esse cara ficou prisioneiro de uma mulher a vida inteira. Claro que é amor. Acho que a Madeleine tinha uma capacidade de não devolver nunca o que o Gustavo esperava dela. Ela sempre deixava ele muito esperançoso por uma reação, por uma conectividade, que nunca acontecia", admitiu.

Mas essa complexidade dos personagens, exemplificada em um terapeuta com problemas em controlar suas próprias expectativas, é o ponto-chave do folhetim. 

"Os personagens são todos épicos, acho que o Pantanal exige isso. As discussões não são banais, os tempos não são banais. Não é uma novela apressada, no sentido de: 'Vamos ocupar o tempo, vamos distrair as pessoas, vamos entreter'. Nada contra o entretenimento, mas é uma novela que permite um tempo de reflexão", analisou o intérprete.

"Por isso que a gente gosta de Shakespeare [1564-1616] até hoje, porque não fala com o espectador pela cabeça, nem pelo sentimento. Fala em um lugar mais espiritualizado, são personagens que nos remetem a uma espiritualidade", completou.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor.

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