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Boogie Oogie

Diretor proíbe palavrão, mas libera sexo na nova novela das seis

Zé Paulo Cardeal/TV Globo

O diretor Ricardo Waddington, que comanda o elenco e a produção da novela Boogie Oogie - Zé Paulo Cardeal/TV Globo

O diretor Ricardo Waddington, que comanda o elenco e a produção da novela Boogie Oogie

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 3/8/2014 - 23h04
Atualizado em 4/8/2014 - 6h17

Ricardo Waddington, diretor de núcleo da Globo que comanda a novela Boogie Oogie, o Vídeo Show e o programa Amor & Sexo, afirma que na nova novela das seis vai ter de tudo, incluindo sexo. Só que não de qualquer maneira e respeitando as restrições do horário. Ele revela que proibiu palavrão na trama, além de bebida e cigarro. Boogie Oogie estreia hoje (4).

“Eu sou contra palavrão em TV aberta. Por mim não teria em nenhuma novela. Palavrão é uma coisa agressiva, difícil de ser bem encaixado no texto. Eu sou contra, acho que não deve ter”, diz Ricardo Waddington, que afirma que a decisão de vetar bebidas e cigarro é dele e não da direção da Globo.

Mesmo a trama se passando ano de 1978, época de grande liberdade comportamental, Waddington diz acreditar que mostrar vícios no folhetim é um retrocesso. O diretor conta que a escolha dessa época para ambientar a trama foi feita por ele e pelo autor Rui Vilhena, que adoram as músicas da era disco.

“Boogie Oogie é um folhetim clássico que poderia se passar em qualquer época. O fato de ser na década de 1970 facilita também o desenrolar da história da novela, que tem troca de bebês. Não tinha celular nem internet em 1978. Os segredos eram possíveis. Hoje, os segredos são impossíveis ou improváveis”, explica o diretor.

Comparação

Waddington não vê problemas nas comparações de Boogie Oogie com Dancin’Days, novela de Giberto Braga de 1978. O diretor revela que a trama serviu de inspiração e conta que ele, o autor e todo o elenco assistiram o folhetim durante a fase de preparação. “O legal é que é uma novela realista da época e que nos possibilita estudar aquele momento.”

A nova trama substituiu Meu Pedacinho de Chão, que foi elogiada pela crítica, mas não levantou a audiência da Globo no horário das 18h. “Meu Pedacinho de Chão foi uma novela incrível. Pode faltar até ibope, mas não pode faltar qualidade. Foi uma trama que segmentou, que falou mais para um público, no caso as crianças. Não acho 18 pontos ruim, acho um boa audiência nos dias de hoje. Tomara que eu consiga chegar nisso aí. Pode dar mais?  Pode, se eu falar com mais gente. Boogie Oogie é uma novela para falar com todo mundo.”

O diretor, que trabalha na emissora carioca desde os anos 1980, conta que a cobrança por audiência sempre existiu, só que antes era uma autoconcorrência. “Hoje, a gente mantém isso e vê o que o outro dá também. É um novo momento e não podemos ter a ingenuidade de achar que o panorama de audiência hoje é mesmo de 20, 30 anos atrás.”

Segundo Waddington, quem faz TV aberta tem de dialogar com o público, respeitando o que ele quer ver. “Temos de entender que o nosso público não é o da TV fechada. Temos de ter a humildade e não ter a arrogância de não dialogar com quem nos assiste. Você precisa saber se ele gosta dessa história, se está entendendo. Já a TV paga você coloca o seu produto lá e quem quer ver compra. TV fechada é mais autoral”, conclui.


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