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RICARDO MANTOANELLI

Diretor de A Infância de Romeu e Julieta descarta pecha de novela infantil: 'Familiar'

FOTOS: LEO FRANCO/AGNEWS

Miguel Ângelo e Vittória Seixas encaram a câmera, sorridentes; o ator abraça a colega no cenário da Vila das Flores, de A Infância de Romeu e Julieta

Romeu (MIguel Ângelo) e Julieta (Vittória Seixas) em evento de A Infância de Romeu e Julieta

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 8/5/2023 - 6h40

A Infância de Romeu e Julieta, nova produção do SBT com o Prime Video, terá seu primeiro episódio exibido na TV aberta nesta segunda (5), às 20h45. Os cinco episódios da semana entram na plataforma de streaming no mesmo horário. E ambas as empresas têm objetivos bem definidos com a estreia. O diretor-geral da produção, Ricardo Mantoanelli, e Fernando Pelegio, vice-presidente do departamento artístico e diretor criativo da emissora, destacam que querem atingir toda a família --não só as crianças.

Pelegio usou o termo "novela familiar" --e não "infantil" ou "infantojuvenil", como costuma-se dizer das tramas do SBT. Ele já havia utilizado a expressão para se referir a Carinha de Anjo (2016) e Poliana Moça.

Na esteira do colega, Mantoanelli deu argumentos para defender a definição. Ele destacou uma pesquisa sobre o perfil dos domicílios familiares no Brasil, realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): cerca de três em cada quatro casas no país contam com três gerações. Ou seja: avós e netos dividem o mesmo teto. 

Em cima disso, a emissora decidiu produzir conteúdos que atinjam todos os públicos. "A gente tem acertado nisso, em fazer uma novela para toda a família, com todos os núcleos que vêm da equipe da Iris [Abravanel, autora]", destacou ele.

O cenário já foi melhor. Perto de suas antecessoras, Poliana Moça teve um desempenho pífio. Carrossel (2012) saiu do ar com 12 pontos de média na Grande São Paulo; Chiquititas (2014) teve 11 pontos; As Aventuras de Poliana (2018), 11,1. A atual saga de Sophia Valverde tem 6,2 de média --ou seja, quase metade do público fugiu em uma década.

Mas a equipe de A Infância de Romeu e Julieta parece ter uma fórmula para driblar a queda de audiência. Durante o evento de lançamento da novela, o diretor-geral citou quatro temas que, para ele, são os diferenciais do folhetim. "O primeiro é que a gente tem o amor como elo. A gente vive num mundo muito polarizado hoje, tanto politicamente quanto socialmente, e a gente acha que o amor é a solução, é a esperança para isso", argumentou.

Fernando Pelegio, Antônio Forjaz, Iris Abravanel e Ricardo Mantoanelli em evento do SBT

Fernando Pelegio, Antônio Forjaz, Iris Abravanel e Ricardo Mantoanelli

Outro ponto é fugir do cenário da escola, que foi abordado em boa parte das últimas novelas. "A gente traz o esporte dessa vez como pano de fundo, e aborda todas as lições que vêm com ele. De disciplina, de superação, de aceitação da derrota, de união... A gente tem, na novela, essas crianças praticando esportes todos os dias."

Não à toa, o evento para a imprensa foi realizado no Centro Esportivo Castanheiras (CEC), um dos principais cenários do folhetim.

Um mundo novo

A equipe de roteiristas também parece ter se atentado às críticas pela falta de representatividade nas novelas da emissora, um assunto recorrente nas redes sociais. Além de protagonistas negros, em papéis que fogem do estereótipo de subserviência, a nova novela discutirá a deficiência auditiva.

Pórcia (Beatriz Oliveira) vive uma espécie de romance proibido com Bassânio (Lucas Salles), definido pelo diretor como um "analfabeto funcional". "A Iris fez questão que a gente não só trouxesse o tema, mas promovesse a inclusão de uma atriz com deficiência auditiva. Eu acho isso muito bonito", defendeu o diretor-geral.

O último trunfo da novela é o mundo da imaginação. As crianças menores vivem uma história à parte, recheada de animações e efeitos especiais. Eles se veem lutando contra dragões, fugindo de bruxas e em batalhas pelo bem e pelo mal.

O maior expoente disso é Leon (Matheus Ueta), o amigo imaginário de Ian (Miguel Soares). Escoteiro meio humano, meio leão, o personagem é o responsável por dar os melhores conselhos ao seu criador. "A gente quer tirar as crianças da frente do celular um pouquinho. O mundo da imaginação traz um resgate da contação de histórias, de brincadeiras mais lúdicas. Então a gente tem aqui representantes... Os 'pedalzera' [grupo de crianças do folhetim] vão viver nesse mundo da imaginação, que é um poço sem fim de ideias."

Antonio Forjaz, country manager da Prime Video Brasil (uma espécie de representante da multinacional no país), também esteve presente no evento de lançamento da novela. Ele explicou que o streaming se uniu à emissora porque quer conquistar o público brasileiro com um produto que ele já consome. O executivo só desviou da pergunta se o sucesso de outras produções do SBT na Netflix teve relação com o acordo. 

Veja as entrevistas feitas pelo Notícias da TV no evento: 

Qual a história da novela?

Iris Abravanel se inspirou livremente no clássico Romeu e Julieta (1595), de William Shakespeare (1564-1616), para criar o folhetim, embora se aproprie de um "amor mais ingênuo" do que na versão original. "[A história] é tão trágica, tão triste, tão desesperadora, não tem nada a ver comigo. Aí eu falei: 'Como seria a infância de Romeu e Julieta?'. Vamos imaginar a infância deles, e fazer uma história contando como eles começaram [a se apaixonar]", explicou ela.

Então foi isso. Shakespeare que me desculpe, ele deve estar revirando no túmulo. Está tudo mudado. Mas a minha intenção é fazer o melhor para as famílias, o melhor para as crianças, o melhor para o SBT.

Na trama, Giulietta Capuleti e Romeo Montecchi viram Julieta Campos (Vittória Seixas) e Romeu Monteiro (Miguel Ângelo), moradores do bairro Castanheiras. O local é dividido em duas partes: o lado Vila, dominado pelos Campos, é mais tradicional, com casarões clássicos e locais acolhedores; o lado Torre, dos Monteiro, é mais desenvolvido, com prédios enormes e muita tecnologia.

Foi essa divergência que causou o rompimento entre as famílias. Os avôs dos adolescentes, Hélio Campos (Luiz Guilherme) e Leandro Monteiro (Guilherme Sant'Anna), eram melhores amigos, mas brigaram pelas visões diferentes do bairro. Os filhos só aumentaram a rixa com o passar o tempo. Vera (Bianca Rinaldi), mãe de Romeu, chegou a mandar prender injustamente Mariana (Juliana Schalch), a mãe de Julieta. 

A briga é tão grande que contaminou todos os moradores dos lados Vila e Torre. Os amigos de Romeu não suportam os de Julieta, por exemplo, e caem na briga sempre que se encontram. O único local neutro da cidade é o CEC, onde Romeu e Julieta se conhecem. Apesar da briga entre os avôs, os pais e os amigos, eles acabam se apaixonando --e aceitam o desafio de fazer a amizade entre os dois florescer apesar de tudo.

Iris já até deu um spoiler: ao contrário do que acontece no clássico de Shakespeare, que termina em tragédia e morte, o final da novela será feliz.


Resumos Semanais

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