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PÃO, WALCYR E CIRCO

Detalhe que quase ninguém percebeu faz Terra e Paixão bater recorde de audiência

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Barbara Reis como Aline vestida de freia em cena de Terra e Paixão

Aline (Barbara Reis) de freira em Terra e Paixão; Walcyr Carrasco faz milagre na audiência

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 15/1/2024 - 10h00

Walcyr Carrasco optou por um tom mais realista nos primeiros meses de Terra e Paixão. A audiência até cresceu em relação à malfadada Travessia (2022), mas os recordes no Ibope só vieram com uma virada. Com o apoio de Thelma Guedes, o autor abandonou a sobriedade para voltar ao seu estilo clássico --e devolveu o horário nobre da Globo para a faixa dos 30 pontos.

A crítica sempre torceu o nariz para Carrasco, cujos maneirismos foram apelidados até mesmo de "farofa" devido ao forte apelo popular. A Dona do Pedaço (2019) é um exemplo de folhetim que foi descascado pela imprensa especializada, mas colocou o público de volta em frente à TV.

Os primeiros capítulos de Terra e Paixão se parecem até com os de O Outro Lado do Paraíso (2017). O excesso de violência e de realismo foi apontado como principal responsável por afastar os telespectadores, obrigando o roteirista a dar um passo atrás.

Assim como adiantou a vingança de Clara (Bianca Bin), Carrasco não pensou duas vezes em matar Daniel (Johnny Massaro) antes do previsto. O resultado, porém, não foi tão satisfatório quanto em 2017.

A reviravolta veio mesmo com a introdução de uma vilã que tem o DNA das maiores malvadas de Walcyr. Agatha (Eliane Giardini) trouxe para a novela das nove um quê da Cristina (Flávia Alessandra) de Alma Gêmea (2006) --ruim até o último fio platinado de cabelo.

A mãe de Caio (Cauã Reymond) inicialmente destoou do resto da novela, mas foram os outros personagens que precisaram se adaptar. Antônio (Tony Ramos), por exemplo, ganhou ares mais cartunescos --como nas cenas em que estava debilitado pelos chás batizados da ex-mulher.

Um sinal de que a estratégia daria certo é que Luigi (Rainer Cadete) e Anely (Tatá Werneck), que já estavam nesse registro acima do tom, eram um dos pontos altos da produção.

O público reagiu bem, e Walcyr aproveitou para introduzir outro elemento dos folhetins que o consagraram: o conto de fadas. Marino (Leandro Lima) ganhou ares de protagonista com a redenção para ganhar o amor de Lucinda (Débora Falabella); e Ramiro (Amaury Lorenzo) se transformou de vez no príncipe encantado de Kelvin (Diego Martins).

Pão e circo

Walcyr ainda promoveu Petra (Debora Ozório) ao papel de mocinha vingativa, já que ele fez o favor de prender Aline (Barbara Reis) em um convento. O exagero virou regra, e a audiência explodiu de vez --voltando ao patamar do último sucesso do horário nobre, Pantanal (2022).

Os números do Ibope mostram que Walcyr é implacável quando é Carrasco. Ele ainda tem tempo de colocar uma guerra de comida até a estreia de Renascer, no próximo dia 22.


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