CAMILA RODRIGUES
Blad Meneghel/Record
Camila Rodrigues volta à tela da Record na terça (21) como a empoderada Sophia Loren de Topíssima
LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro
Publicado em 17/5/2019 - 6h11
Sucesso na pele da rainha egípcia Nefertari de Os Dez Mandamentos (2015), Camila Rodrigues surgirá bem diferente em Topíssima, que a Record estreia na terça-feira (21). A atriz de 35 anos queria tanto um papel contemporâneo que abriu mão da malvada Jezabel para viver a mocinha Sophia. "Eu basicamente implorei para fazer Topíssima, obriguei a direção a me escalar (risos). Queria dar um tempo nas tramas bíblicas", diz ela.
Camila, de fato, esteve em várias das produções religiosas da Record. Participou de Rei Davi (2012), sua estreia na emissora, da minissérie José do Egito (2013) e da série Milagres de Jesus (2014-2015) antes de ser escalada para o papel na novela fenômeno que a transformou em um rosto conhecido até mesmo em outros países.
O sucesso de Nefertari foi tamanho que a atriz passou a sonhar com um papel moderno para desassociar a sua imagem de personagens de época. Camila chegou a ser anunciada como protagonista de Apocalipse (2017), que a manteria na temática bíblica, mas pelo menos se passaria nos dias de hoje. Não deu certo --ela foi deslocada para a medieval Belaventura (2017) e continuou em tramas históricas.
Agora, em Topíssima, Camila finalmente vai trocar o figurino histórico por roupas atuais. E celebra o fato de ter mais liberdade com uma personagem dos dias de hoje. "Na novela bíblica você tem que ficar mais centrada, o texto é muito mais difícil de decorar. Só para aprender os nomes você fica um mês inteiro (risos)", exagera a atriz. "Aqui não, é mais leve, mais livre, é uma delícia."
Ela ressalta que não tem nenhum problema com as novelas bíblicas, mas que precisava de um desafio. "Fazer bíblico é bom, mas eu já fiz bastante. E tudo o que é diferente é mais legal, né? Eu estava muito querendo fazer uma coisa atual. É gostoso, você se identifica mais, pode colocar seus trejeitos", valoriza.
No ano passado, durante participação no Programa do Porchat, Camila foi ainda mais direta sobre seu cansaço com as novelas bíblicas. Ela disse que quase ficou louca com o formato da Record. "Ficava tão tensa com tudo o que tinha que fazer, pensava no corpo, no rebolado que a gente tem e que não pode, no cruzar de uma perna, foi uma junção de coisas que, no início, acho que dei uma pirada", contou.
Em Topíssima, Camila vai poder rebolar, cruzar as pernas e fazer o que bem entender. É que ela viverá uma mulher empoderada, presidente do Grupo Alencar e feminista ferrenha, do tipo que diz que não precisa de homem para ser feliz. O poder começa no nome da personagem, Sophia Loren, homenagem à atriz italiana.
"Com um nome desses, com tanto peso, não tem como a Sophia não ser uma personagem maravilhosa, né? A suíte do hotel em que ela mora é maravilhosa, meus figurinos são esplêndidos, isso tudo me ajuda muito a entrar nesse faz de conta. E ela tem várias facetas, tem momentos em que é uma menina mimada, em outro é uma mulher importante, que tem uma empresa a gerir. Isso é muito gostoso", diz.
Topíssima, aliás, é a palavra usada para definir a protagonista --apenas "top" não é suficiente para Sophia. E Camila vê na personagem uma possibilidade de discutir feminismo e empoderamento sem cair em um discurso chato.
"Eu tenho meus posicionamentos, não tenho problema nenhum em falar sobre isso, mas também não sinto necessidade de mostrar para Deus e o mundo, sabe? E com a Sophia eu tenho essa liberdade. Ela pode chegar em um cara no bar e chamá-lo para ficar, não é nada demais. E acho que se o público vê isso em uma novela, começa a entender que, realmente, não tem nada demais nisso. Nós estamos vivendo um momento importante, em que precisamos de uma personagem assim."
Topíssima estreia na próxima terça (21), às 19h45, na Record. Vai substituir a reprise de A Terra Prometida, que tem alcançado bons índices de audiência em sua reta final. A expectativa do elenco e da equipe é que a trama inédita mantenha esses números para consolidar um segundo horário de novelas na grade da emissora.
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