Camila Morgado se entristece com críticas a dona Patroa em Renascer: 'Cara a tapa'

Umas das personagens de maior sucesso em Renascer, a dona Patroa de Camila Morgado começou sua trajetória já recebendo críticas sobre suas semelhanças com Maria Bruaca (Isabel Teixeira), de Pantanal (2022). Passada a desconfiança inicial, a personagem em nada lembra a mulher submissa da história anterior de Bruno Luperi, mas, ainda assim, segue ganhando umas alfinetadas de telespectadores que a consideram exagerada demais.

Sua intérprete tem conhecimento das reclamações e confessa que se entristece com o que anda lendo nas redes sociais. "Eu escutei muita coisa, pessoas falando que o sotaque tá muito forçado. Eu faço uma farsa, eu não sou baiana. Eu não tenho o que fazer, entendeu? Eu peço licença, é tudo que eu posso fazer. Peço licença, vou interpretar uma personagem que vem de Ilhéus e vou fazer o que sei", defende-se em conversa com o Notícias da TV nos Estúdios Globo.

A atriz reconhece que dona Patroa, às vezes, tem um tom acima do naturalista e afirma que a criou de forma propositalmente mais over. "Como tem a farsa, eu aproveitei pra dar aquela exageradinha, porque eu sabia que o personagem dava essa liberdade. Mas eles falam muito, eles falam que o sotaque tá errado, que eu sou exagerada. Não tem jeito, vão sempre falar", completa.

NOVELA DO SBT

Resumo de A Caverna Encantada: Próximo capítulo, sexta, 22 de novembro

VIDA DE MÃE

Volta por Cima: Neuza sofre ao trazer à tona por que escondeu segredo de Jão

Em papo com a imprensa, Camila conta que recebeu apoio de Giullia Buscacio, que interpreta a decidida Sandra na novela de Bruno Luperi. "Outro dia minha filha, a Giullia, falou pra mim: 'Camila, é tão impressionante que eles falam mal de todo mundo. E eles falaram que o sotaque da Buba [Gabriela Medeiros] tá horrível, mas ela não é nem baiana [na novela]!. Esse é o mundo de internet, é terra de ninguém", lamenta.

Camila lembra ainda que chegou a ser ofendida gratuitamente quando estreou como protagonista na Casa das Sete Mulheres (2003): "Olha, eu já fiz tanto trabalho, as pessoas falam tanta coisa. No meu primeiro trabalho, li: 'O que essa espiga de milho está fazendo na televisão? Essa garota é igual uma espiga de milho!'. E eu falei: 'Gente, por que a pessoa fala isso?' Quando eu vi isso, eu fiquei tão mal. Eu falei que nunca mais ia olhar, mas elas [as críticas] chegam".

Muita gente considera que a personagem exagera em relação à sua religiosidade e Camila assegura que recebe muito apoio de mulheres crentes nas ruas:

"A cena em que ela entra em casa com o óleo ungido fez o maior sucesso. Muitas pessoas se sentem representadas. A mãe do Juan [Paiva] faz isso. Ele falou: 'Camila, na minha casa, às vezes, minha mãe até mancha na parede por causa do óleo'. As pessoas que eu encontro na rua falam: 'Nossa, você está igual, a gente faz exatamente assim, a gente ora com a mão para cima'."

Além de ter pesquisado e estudado bastante, a atriz tem uma consultoria particular de sua manicure, Katerine. "Ela é muito religiosa e me ajudou a construir a dona Patroa. Ela falou: 'Vou te dar todas as formas que você vai falar'. Ela me manda áudio! Ela acompanha e diz: 'Camila, não tem essa coisa muito discreta. É gritado. É gritado o tempo inteiro'. Não sei, talvez, essa forma de falar seja uma catarse", opina.