Bomba em O Rei do Gado: Ralf era casado e tinha esquema de golpes com mulher

Uma revelação sobre Ralf (Oscar Magrini) só virá à tona depois da morte em O Rei do Gado. Léia (Silvia Pfeifer) descobrirá que o amante era casado, e a mulher dele sabia dos golpes que o bandido aplicava. E pior: a loira já a conhecia, mas não imaginava que eles tinham uma relação tão séria na novela do Vale a Pena Ver de Novo. Trata-se de Marita (Luciana Vendramini), ex-garota de programa que vivia no pé do trambiqueiro.

O casamento era tão firme que a ruiva conhecia a mãe dele e até usava um símbolo de compromisso --uma corrente de prata, sempre presente no pescoço do cafajeste. Ela, no entanto, não se importava com a forma com a qual ele ganhava a vida. De todas as amantes, Léia foi a única que a incomodou. Ela pressentia que o envolvimento com a dondoca custaria caro ao bandido.

De fato, o canalha foi assassinado por Marcos (Fabio Assunção) como represália por agredir a ricaça. Será no julgamento dele, aliás, que o casamento de Ralf se tornará público. A essa altura, Léia já terá descoberto o compromisso. Ela terá uma conversa reveladora com a periguete, que a convencerá a doar R$ 1 milhão para a mãe de Ralf como mea-culpa pelo assassinato.

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Contudo, será no júri que esse casamento vai adquirir maior ressonância. O juiz ficará embasbacado com as respostas de Marita sobre a relação do casal durante o interrogatório. "A defesa gostaria de perguntar à testemunha que tipo de relacionamento ela tinha com a vítima", começará o advogado Walfrido (Helio Cícero), defensor de Marcos. "Ele era meu marido", cravará a espevitada. Os murmúrios de choque serão audíveis no tribunal.

"A senhora era casada em conformidade com as leis cíveis?", perguntará o juiz, interpretado por Paulo Goulart (1933-2014). "E no religioso também", soltará a ruiva. "A senhora tinha conhecimento das atividades extraconjugais de seu marido?", continuará o juiz. "Tinha, porque ele me contava tudo", confessará a moça.

O advogado perguntará porque ela manteve o casamento escondido, e a jovem será direta: "Ele não queria que ninguém soubesse que ele era casado, senão ia estragar os lances dele... O Ralf sonhava demais. O Ralf vivia atrás de mulheres ricas e mal casadas, atrás dos bois ou do dinheiro de seus maridos. Ele sempre falava que ia acertar nossa vida", afirmará ela. 

Marita dará um depoimento bombástico

"E a testemunha não se importava com as aventuras do seu marido?", insistirá o homem da lei. "Não! Eu amava ele. E não era explorada. Quando eu emprestava dinheiro para ele, ele me devolvia. E o Ralf nunca me bateu! Só de brincadeira, era jogo de amor que a gente fazia. Ele me contava que as outras apanhavam porque gostavam, nunca nenhuma largou dele por causa disso", soltará a sem-noção.

Ela ainda levantará a hipótese de ele estar vivo, já que nunca viu o corpo do rapaz. Mais tarde, em conversa com Clóvis (Amilton Monteiro) --seu companheiro na investigação do que aconteceu com o bandido após o desaparecimento dele--, ela ainda se divertirá com a situação. "Acredito que ele esteja vivo. E ia se divertir muito com essa zorra que ele aprontou se fingindo de morto", bradará ela.

Se ele sobreviveu ao atentado de uma forma milagrosa, nunca será revelado. Mas Marita conseguirá se regenerar após a perda do golpista. Ela abrirá uma boutique com Léia (Silvia Pfeifer). Marcos, por sua vez, será inocentado pelo assassinato.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luís Fernando Carvalho,  a novela rural, exibida originalmente em 1996, conta a saga de Bruno Mezenga, eterno rival dos Berdinazzi.

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