Novela das nove
Divulgação/TV Globo
Marcos Palmeira (Aderbal) em cena de Babilônia, da TV Globo; prefeito vai embolsar milhões
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 3/6/2015 - 14h38
Atualizado em 3/6/2015 - 17h54
Babilônia vai investir mais no lado corrupto de Aderbal (Marcos Palmeiras) a partir da próxima semana. A novela das nove da Globo mostrará o passo a passo da negociação de um obra superfaturada em Jatobá. Assim como nos escandâlos de corrupção que chocam o país, o prefeito da trama vai acertar que a construtora presidida por Beatriz (Gloria Pires) projete uma obra faraônica, orçada em R$ 195 milhões, o dobro de seu custo real. Com isso, o político embolsará R$ 19,5 milhões de propina.
O filho de Consuelo (Arlete Salles) irá pessoalmente à Souza Rangel após transar com Inês (Adriana Esteves). Ele exigirá que ela seja seu contato dentro da empresa de Evandro (Cassio Gabus Mendes). Na reunião com a diretoria da construtora, o político deixará claro que não pode existir nenhuma prova do acordo feito entre eles. Ele fará questão de destruir uma cópia do projeto do coliseu apresentado pelos engenherios, e o pen drive com os arquivos terá de ser colocado em um cofre.
Inês começará a apresentação dizendo que a concorrente da empresa, a CTZ, construiu há alguns anos um estádio com capacidade para 16 mil pessoas. "Foi o maior que já fizeram até agora", dirá ela. "Então, eles vão alegar que já têm experiência nesse tipo de construção", observará o político. "Acontece que a Souza Rangel também já construiu um. De 20 mil lugares", vai declarar Beatriz.
Por isso, a advogada afirmará que o projeto da arena de Jatobá tem de comportar 20 mil pessoas. "Quase a população total da cidade, presumo", soltará Otávio (Herson Capri). "Claro que o estádio não vai ficar sempre lotado. Mas isso não importa pra licitação", continuará Pedro (André Bankoff). "O que interesa é delimitar o acesso. Prefeito, o edital tem que estabelecer que apenas construtoras com experiência em estádios com 20 mil pessoas ou acima podem concorrer", avisará Inês.
Medo de grampo
Como Aderbal se mostrará desconfiado com possíveis provas da negociação escusa, Beatriz o acalmará. Ela dirá que a empresa faz constantes varreduras atrás de grampos e que até os celulares dos executivos da Souza Rangel são criptografados. "Nós todos aqui estamos no mesmo barco. Somos sócios", falará Inês.
Otávio perguntará se Aderbal conseguirá a aprovação da câmara para essa exigência dos 20 mil lugares. Ele responderá: "Se eu mandar eles mijarem nas calças, eles mijam. Os vereadores estão no meu bolso, digo, na minha mão", vai disparar o político.
"Nossa sugestão é que o projeto seja orçado em 200 milhões. Está aqui a planilha que eu mandei imprimir", dirá Inês. Aderbal nem olhará os documentos. Ele correrá até a trituradora de papéis e os jogará lá. "O edital ainda nem foi lançado. Não pode existir nenhum pedaço de papel, nem arquivo de computador, que prove que essa conversa aconteceu antes", esclarecerá o corrupto. "O pen drive com todo o projeto fica no cofre, não tem nenhum perigo", anunciará Pedro, que será obrigado a prometer tomar muito cuidado.
Dinheiro vivo
Aderbal encerrá a reunião dizendo que os R$ 195 milhões do projeto vão sair. Os executivos vão deixar claro que a quantia é superfaturada, pois a obra custará 50% do valor total, e R$ 19,5 milhões são a comissão do prefeito. "Agora, faz favor de nunca mais repetir quanto é que eu vou ganhar ou deixar de ganhar, isso se pensa, não se diz", reclamará ele.
Questionado sobre como vai querer receber, ele dirá que quer tudo em "cash". "Preciso de dinheiro vivo. A Inês resolve tudo. É o nosso primeiro trabalho juntos. No fundo, eu não conheço vocês, vocês não me conhecem. A gente tem que estabelecer uma relação de confiança. Vocês que se adaptem ao meu estilo. Fui claro?", dirá o político, encerrando o encontro.
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