Atriz de As Five humilha até o pai em estreia como vilã de Família É Tudo

Jovem descolada em As Five e mulher amoral em Família É Tudo. A partir de março, Ana Hikari vai encarar jornada dupla na TV com a estreia da terceira (e última) temporada do spin-off derivado de Malhação no Globoplay e da próxima novela das sete da Globo. Queridinha dos fãs da série, Ana vai viver Mila, uma vilã capaz de humilhar o próprio pai apenas por ele ser pobre.

"Como já diz o nome da novela, vamos ter muitos conflitos familiares. E a vilania dela vem dessas questões. Acho que é aquela coisa do explica, mas não justifica; explica porque a pessoa é ruim, mas não justifica as maldades que ela faz por aí", tentou defender Ana em papo com o Notícias da TV.

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Gloria Pires tem um papel fundamental no entendimento da atriz sobre sua personagem, que viverá às turras com o pai, Furtado (Claudio Torres Gonzaga), um pobretão dono de uma pensão na Zona Leste de São Paulo.

Ao pesquisar referências para criar Mila, Ana viu uma entrevista em que Gloria falava sobre Maria de Fátima, vilã da icônica Vale Tudo (1988), que tinha problemas de relacionamento com a mãe, Raquel (Regina Duarte).

"A Gloria falou: 'Eu não acho que ela seja ruim, eu acho que ela é só obstinada e amoral'. Aí eu falei: 'Ai, vou pegar essa frase pra mim'. Acho só que ela é obstinada, entendeu? Não é que ela seja ruim, ela tem os objetivos que ela quer conquistar e é um pouco amoral pra poder chegar nesses objetivos", explicou ela.

Na novela que estreia no dia 4, Mila é a ardilosa e ambiciosa secretária da gravadora Mancini Music e amante do vilão Hans (Raphael Logam), com quem sonha em se casar.

Sobrinho da poderosa Frida Mancini (Arlete Salles), o executivo usa Mila em suas artimanhas, mas não tem a menor intenção de mergulhar em uma relação mais séria com ela. Só que a boa bisca sabe todos os podres do rapaz e pode usar seus segredos a seu favor quando bem entender.

"Um dos objetivos dela é conquistar o Hans de vez, casar, amarrar esse cara e conquistar essas coisas materiais que ela deseja. Então, está sendo uma delícia fazer essa vilã bem obstinada", adiantou Ana.

"E a Mila tem várias viradas, porque ela cresceu muito ambiciosa, querendo tudo que ela nunca poderia ter com o pai. Ela quer negar a origem dela, tem vergonha do pai, tem vergonha de onde ela veio", contou a atriz, que também poderá ser vista em As Five a partir de sexta (1º).

Se o clima na história vai ser pura adrenalina, na vida real, Ana é só alegria com a chance de levar mais representatividade à telinha por meio da sua família fictícia. Tudo por conta da escalação de Claudio Torres Gonzaga para o papel do seu pai.

"Acho que o mais clichê que a gente espera no audiovisual é que, quando se escala uma atriz asiática, se monte uma família inteiramente asiática, né? E quando eu soube da escalação do Cláudio, fiquei muito feliz, porque a minha família não é totalmente asiática. Meu pai é negro, e minha mãe é de descendência asiática. Acho que poder mostrar na tela também essa diversidade é muito bacana", comemorou.

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