Alcides da 1ª versão de Pantanal reconstitui morte de Tenório: 'Enfiava a lança'

Ângelo Antônio, intérprete de Alcides na primeira versão de Pantanal (1990), deu detalhes sobre a morte de Tenório, vivido na época por Antonio Petrin. Assim como a cena da castração do boiadeiro, a sequência do desfecho do grande vilão da trama também deixou o público bastante impactado.

"Tenho sensação de ter sido tão forte quanto ser castrado, um troco com sabor de vingança. Foi um momento bacana, porque era a remissão de todo sofrimento dele. Era como um prêmio mesmo", relembrou o artista. 

A gravação da morte do mau-caráter contou com um esquema complexo de diversas sobreposições de câmeras e muito ensaio do elenco. "Lembro de correr com a azagaia, e tinha que acertar um alvo em um boneco mesmo. Com um suporte, ele vinha correndo e eu enfiava a lança, atravessando", detalhou o ator. 

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No remake de Bruno Luperi, o bigodudo também não escapará de um fim bastante trágico. O peão, interpretado por Juliano Cazarré, acertará uma azagaia no estômago do rival. Ferido, Tenório será arrastado até o rio por uma sucuri e terá seu corpo devorado por piranhas. 

Diferentemente da atração exibida pela extinta Manchete (1983-1990), Alcides não será castrado na novela das nove da Globo. O companheiro de Maria Bruaca (Ângela Leal na original, Isabel Teixeira atualmente) sofrerá após ser estuprado pelo personagem de Murilo Benício.

O peão esconderá a violência de todos ao redor, com exceção de Zaquieu (Silvero Pereira), seu melhor amigo. "Eles se tornarem amigos é muito emblemático. Foram juntos até o final. Isso tudo fez o Alcides crescer e ser uma pessoa melhor", pontuou Ângelo Antônio em entrevista ao site oficial de Pantanal no Gshow. 

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor. Em outubro, a emissora vai estrear Travessia, trama de Gloria Perez.

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