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ABTA 2014

TV por assinatura diz que não perdeu clientes para a Netflix

Divulgação/ABTA

Oscar Simões, presidente-executivo da ABTA, durante entrevista nesta terça (29), em São Paulo - Divulgação/ABTA

Oscar Simões, presidente-executivo da ABTA, durante entrevista nesta terça (29), em São Paulo

DANIEL CASTRO

Publicado em 29/7/2014 - 15h31

As operadoras de TV paga brasileiras não foram afetadas pela chegada de concorrentes como a Netflix, que oferecem séries e filmes pela internet por menos da metade do preço médio dos pacotes básicos de canais por assinatura. Quem diz isso é a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), que promove na semana que vem, em São Paulo, a 22ª edição de sua feira e congresso anuais. Neste ano, a pirataria é uma preocupação maior do que a concorrência "desleal" dos serviços de vídeo pela internet, chamados de OTT (over the top).

"Nós não estamos percebendo impacto da Netflix na TV por assinatura", disse hoje (29) Oscar Simões, presidente-executivo da ABTA, na apresentação do evento à imprensa. Para Simões, no Brasil serviços como a Netflix são "complementares" à TV por assinatura, não um "plano A". Primeiro, porque a TV paga exibe filmes e séries antes. Segundo, porque a TV por assinatura "é muito mais do que a Netflix", tem esportes e eventos ao vivo.

Por fim, Simões apresenta dois dados que reforçam sua tese: a TV paga continua crescendo bem mais do que a média da economia. Fechou junho com 19 milhões de assinantes, um crescimento anual de 11%. E 62% desses assinantes são do serviço DTH (direct to home, via satélite), em tese pessoas que moram em lugares que não têm banda larga, condição básica para os OTTs existirem.

Pirataria gigante

A ABTA chamou a atenção da imprensa para um estudo que será apresentado na semana que vem, com dados inéditos sobre pirataria de TV paga no Brasil. Esse estudo deve mostrar que o número de domicílios com "gatonet" (TV por assinatura pirata) supera a base de assinantes da segunda maior operadora do país, a Sky, que tem mais de 5,6 milhões de clientes. O estudo será usado para pressionar a aprovação de um projeto de lei que criminaliza o usuário de sinal de TV roubado.

No ano passado, a Netflix era apontada como grande vilã do setor. Neste ano, perdeu relevância porque, além de não ter causado impacto no crescimento da TV por assinatura, está sob ameaça de sofrer os mesmos encargos legais que as operadoras e programadoras. O governo vem sinalizando que as OTTs poderão ter que pagar impostos parecidos e passar por obrigações semelhantes, como carregar conteúdo nacional mínimo previamente estipulado.

Dados do setor

O mercado de TV por assinatura faturou em 2013 R$ 27,9 bilhões, de acordo com a ABTA, incluindo receitas com banda larga e publicidade. Cresceu 17,2% em relação a 2012. Há três anos, já fatura mais do que a TV aberta. O serviço gera 109 mil empregos e já está presente em 34% dos domicílios de classe C.

O preço médio dos pacotes básicos de canais teve queda neste ano. Atualmente, paga-se em média US$ 22,34 (R$ 49,80) para ter acesso à TV por assinatura. No ano passado, pagava-se US$ 23,25 (R$ 51,85). Os dados são de uma pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) feita para a ABTA.

A 22ª Feira e Congresso da ABTA se realiza de 5 a 7 de agosto no Transamérica Expocenter, na zona sul de São Paulo. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) participará da abertura.


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