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Reserva de mercado

Esporte Interativo insinua que Globosat veta canal na TV paga

Divulgação/CBHb

Jogadoras de handebol festejam classificação para a final em partida transmitida pelo Esporte Interrativo - Divulgação/CBHb

Jogadoras de handebol festejam classificação para a final em partida transmitida pelo Esporte Interrativo

DANIEL CASTRO

Publicado em 5/1/2014 - 18h22
Atualizado em 6/1/2014 - 6h00

Um anúncio de página inteira publicado na última Veja de 2013 reacendeu uma velha discussão da TV paga brasileira: existe reserva de mercado para alguns canais e veto para outros nas duas maiores operadoras do país, a Net e a Sky?

O Esporte Interativo, um misto de TV aberta (em UHF e parabólica) e canal pago (está em todas as operadoras, menos na Net e na Sky), diz que sim. "No mundo da competição protegida da TV paga, as duas maiores operadoras do Brasil são vítimas do abuso de poder de uma programadora de canais, que pode vetar a distribuição de canais brasileiros por essas operadoras", denunciou o canal no anúncio, ilustrado por uma foto da seleção brasileira conquistando o ouro no Mundial de Handebol.

Mas que programadora é essa? Edgar Diniz, presidente do Esporte Interativo, sai pela tangente: "O mercado inteiro está dizendo que essa programadora é a Globosat".

Outras empresas, que já tiveram antes problemas para lançar seus canais, foram mais contundentes. Em 2008, Abril, Record e Band acusaram a Globosat de impor à Net e a Sky uma cláusula contratual em que a programadora das Organizações Globo poderia barrar canais brasileiros.

A Globosat teria esse poder por duas razões: 1) quando vendeu sua parte na Net e na Sky, nos anos 2000, a Globo teria exigido em troca a proteção aos canais Globosat e o direito de veto a concorrentes diretos; 2) a Globosat, por embalar canais cuja ausência em pacotes pode cancelar assinaturas, como os Sportv, exerce uma pressão natural de mercado sobre as operadoras.

Mas, até hoje, ninguém apresentou prova de que esse veto contratual exista _por isso o vacilo do Esporte Interativo em acusar formalmente a Globosat. 

Globosat, Net e Sky, obviamente, negam que exista qualquer veto (leia abaixo). Apresentam argumentos bastante razoáveis: A entrada de um novo canal numa operadora acarreta aumento de custos, que elas, em um cenário de concorrência, não podem nem pensar em repassar para o assinante. Além disso, que conteúdos relevantes exclusivos o Esporte Interativo apresenta, além de um eventual Mundial de Handebol?, questionam.

O Esporte Interativo reclama que, sim, tem conteúdo relevante. Segundo Diniz, nas operadoras de TV paga que o carregam, como a Claro e a Oi, o Esporte Interativo aparece atrás apenas do Sportv 1 e 2 e do Fox Sports na audiência. "O Esporte Interativo é o canal mais pedido nas operadoras", afirma.

Edgar Diniz insiste que o Esporte Interativo está sendo prejudicado por uma "questão política". Mas, pelo menos por enquanto, não planeja nenhuma ação judicial ou demanda no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão do governo federal que regula a concorrência.

Com ou sem poder de veto, a Globosat teme que o Esporte Interativo seja uma porta de entrada para a Turner, acionista do canal, no competitivo mercado de esportes, de acordo com fontes do mercado.


LEIA NOTA OFICIAL DA NET:

"A Net esclarece que não existe qualquer tipo de veto à entrada de novos canais nacionais. A entrada de novos canais depende exclusivamente de negociação comercial entre a Net e as programadoras de TV por assinatura. A Net constantemente analisa oportunidades para lançar novos canais na sua grade de programação e reforça que já oferece os oito principais canais de esportes da TV por assinatura brasileira (Band Sports, Fox Sports, Sportv, Sportv2, Sportv3, ESPN, ESPN Brasil e ESPN+".


LEIA NOTA DA SKY:

"A entrada de canais no line-up da SKY depende de uma série de fatores. Havendo interesse e viabilidade comercial, não há impeditivos para a entrada de canais no line-up".


CONFIRA O POSICIONAMENTO DA GLOBOSAT:

A Globosat não encaminhou nota, mas, via assessoria de impresa, afirmou que "desconhece a quem o Esporte Interativo se refere, portanto, não cabe resposta". A programadora "acrescenta que é sempre muito clara e direta nas suas manifestações e que não teme tornar públicas as suas convicções".


VEJA O ANÚNCIO DO ESPORTE INTERATIVO 

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