Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

TV aberta vs TV paga

Emissoras decidem cortar sinal de todas as operadoras, menos da Vivo

Reprodução/SBT

Os assinantes da Net, Claro, Sky e Oi deverão ficar sem acesso ao Programa Silvio Santos - Reprodução/SBT

Os assinantes da Net, Claro, Sky e Oi deverão ficar sem acesso ao Programa Silvio Santos

DANIEL CASTRO

Publicado em 29/3/2017 - 16h25
Atualizado em 29/3/2017 - 17h20

A Record, o SBT e a RedeTV! decidiram na tarde desta quarta-feira (29) que irão cortar os sinais de todas as operadoras de TV por assinatura que atuam na Grande São Paulo, menos da Vivo. Net, Sky, Claro e Oi, portanto, não oferecerão as três redes a seus assinantes a partir das 23h59, quando ocorrerá o apagão analógico na região metropolitana.

A Vivo está recebendo tratamento diferenciado porque suas negociações com a Simba, empresa que representa as emissoras, avançaram nas últimas horas. Segundo uma fonte envolvida no processo, a operadora da Telefônica está disposta a pagar um valor para distribuir os sinais digitais das três redes. A informação foi confirmada em nota oficial (leia a íntegra no final deste texto).

De acordo com a mesma fonte, todas as operadoras receberam propostas comerciais, o que elas negam. Entre as empresas de TV por assinatura, a Sky é a mais intransigente. A Net e a Claro também estão sendo duras _em nota divulgada ontem, as operadoras se posicionaram contra o pagamento de sinais que podem ser sintonizados gratuitamente, por antenas externas.

Desde ontem, a Net e a Claro, que detêm mais da metade do mercado de TV por assinatura, estão exibindo comunicado aos assinantes em que anunciam que deixarão de carregar as três redes a partir da meia-noite desta quarta para quinta. As operadoras sugerem que seus clientes instalem antenas externas.

Com o fim da TV analógica, as emissoras de TV aberta podem cobrar por seus sinais na TV por assinatura, amparadas na lei 12.485/2011. De olho em uma receita potencial de pelo menos R$ 500 milhões por ano, SBT, Record e RedeTV! se juntaram em uma empresa, a Simba, para negociar seus sinais.

A criação da empresa foi duramente combatida por operadoras e programadoras de TV por assinatura durante a tramitação do processo de fusão no Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico).

Desde a semana passada, as emissoras e as operadoras travam uma queda de braço. As emissoras querem cobrar por seus sinais. As operadora não querem pagar.

Na última sexta (24), as três redes passaram a exibir em seus intervalos comerciais e em telejornais um anúncio em que acusam as operadoras de se recusarem a negociar um "valor justo" por seus sinais. 

No mesmo dia, a Simba enviou às operadoras uma notificação lembrando que elas precisam de autorização das redes para transmitirem seus sinais digitais nas cidades em que não há mais TV analógica. Nenhuma operadora tem essas autorização da Record, SBT e RedeTV!. Baseadas nessa notificação, Sky, Net e Claro decidiram cortar seus sinais de Brasília no início desta semana. 

Brasília foi a primeira grande capital a ter o chamado apagão analógico, em novembro do ano passado. Assim como em São Paulo, mais da metade dos lares do Distrito Federal recebe TV aberta via cabo ou satélite.

Sobre a guerra entre as TVs abertas e operadoras de TV paga, leia também:

Guerra das TVs movimenta interesses milionários: saiba o que está em jogo

Redes fazem teatro de guerra e exageram ao anunciar corte de sinal na TV paga


Leia a nota da Simba sobre as negociações com as operadoras:

"A Simba informa que as negociações pelo conteúdo de RecordTV, RedeTV! e SBT com a operadora de televisão por assinatura Vivo avançam de maneira positiva.

Por essa razão, a Simba decide manter o conteúdo disponível aos assinantes da operadora pelos próximos dias, enquanto as negociações ocorrem.

Esperamos que as outras operadoras, Net, Claro, Embratel, Oi e Sky tenham a mesma sensibilidade da Vivo, para não prejudicar o assinante de televisão paga no Brasil.

Esclarecemos que a TV aberta continua gratuita e, agora, com qualidade digital".

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.