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Balanço Oficial

Aplicações financeiras e TV paga salvam Globo de prejuízo em 2017

Divulgação/TV Globo

Carlos Henrique Schroder, diretor-geral da TV Globo: emissora teve prejuízo operacional - Divulgação/TV Globo

Carlos Henrique Schroder, diretor-geral da TV Globo: emissora teve prejuízo operacional

DANIEL CASTRO

Publicado em 16/3/2018 - 15h28

Balanço contábil publicado nesta sexta-feira (16) pela Globo mostra que o maior grupo de mídia do país só não teve prejuízo em 2017 graças às aplicações financeiras e às operações de TV por assinatura lideradas pela Globosat. O resultado operacional líquido da TV Globo foi negativo, no terceiro ano consecutivo em que a emissora viu suas receitas com publicidade caírem, consequência da crise econômica do país.

A TV Globo e seu portal de internet fecharam 2017 com um faturamento de R$ 9,780 bilhões, 4,6% a menos do que os R$ 10,248 bilhões de 2016, que por sua vez já tinham sido 8,2% inferiores aos R$ 11,160 arrrecados em 2015.

Descontadas as despesas com produção, vendas e admistração, a Globo teve em 2017 um resultado operacional líquido deficitário, de R$ 83,3 milhões.

A crise econômica também afetou os negócios de TV paga, com a queda de assinantes e de receitas com publicidades em canais fechados, mas esse segmento conseguiu resultados positivos.

Assim, na soma dos recursos obtidos com aplicações financeiras e investimentos (ou seja, do dinheiro que a Globo economizou nos anos anteriores) e das receitas de TV paga e mídia impressa, o grupo manteve seu histórico de lucro bilionário: R$ 1,853 bilhão, pouco maior do que todo o faturamento da Record de São Paulo (R$ 1,845 bilhão) no ano passado.

Considerando todos os negócios de mídia do grupo, o faturamento com publicidade e serviços foi de R$ 14,802 bilhões, uma redução de 3,5% sobre 2016 (R$ 15,332 bilhões).

O balanço, publicado nesta sexta-feira (16) no jornal Valor Econômico, mostra que a Globo tem conseguido manter seus custos estáveis, apesar dos reajustes salariais e do aumento de preços de serviços e materiais.

Isso se deve a uma política mais rigorosa de gastos. Nos últimos anos, a emissora reduziu substancialmente seu banco de elenco. Hoje, somente atores considerados imprescindíveis, altamente produtivos e "medalhões" têm contratos de longo prazo. Nas novelas, viagens ao exterior nos primeiros capítulos também já não são mais uma rotina.

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