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Documentos revelam conta secreta da Amazon usada para avaliar séries

Divulgação/Amazon

Rufus Sewell em The Man in the High Castle; série sobrevive graças a novos assinantes - Divulgação/Amazon

Rufus Sewell em The Man in the High Castle; série sobrevive graças a novos assinantes

REDAÇÃO

Publicado em 16/3/2018 - 4h53

Documentos secretos obtidos pela agência de notícias Reuters revelam como a Amazon decide se uma série vai ter vida curta ou longa. Os papéis contêm fórmulas matemáticas que a empresa aplica para avaliar suas produções e explicam porque a queridinha da mídia americana Good Girls Revolt foi cancelada e o drama político The Man in the High Castle segue vivo, rumo à terceira temporada.

A matemática é simples. O custo da produção de uma temporada é dividido pelo número de novos assinantes que ela atraiu. Quanto menor o valor por cliente, melhor.

Lançada em 2015, a primeira leva de episódios da distópica The Man in the High Castle, que mostra os Estados Unidos dominados por alemães e japoneses após a vitória dos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), custou US$ 72 milhões (R$ 236 milhões), incluindo marketing e produção.

A série foi vista por 1,15 milhão de novos clientes no mundo todo. Logo, o chamado custo por novo assinante foi de US$ 63 (R$ 207), o segundo melhor desempenho entre todas as produções da Amazon. O líder é o superpopular The Grand Tour, programa automobilístico britânico. O custo por novo assinante pela primeira temporada foi de US$ 49 (R$ 161).

Em 2016, um drama sobre machismo e desigualdade em uma Redação de uma revista deu as caras em inúmeras listas das melhores séries do ano. Embora tenha sido um sucesso entre os especialistas, Good Girls Revolt foi cancelada rapidamente, dois meses depois de estrear. Na época, muitos não entenderam o porquê do fim tão abrupto. Agora, eles têm a resposta.

A temporada de dez episódios custou US$ 82 milhões (R$ 269 milhões). Mas atraiu apenas 52 mil novos assinantes. Assim, o custo por novo assinante foi astronômico: US$ 1.570 (R$ 5.165).

Repaginada
De acordo com a reportagem da Reuters, a reformulação do Prime Video, como é chamada a plataforma de vídeo da Amazon, visa atingir o público internacional.

Nessa nova estratégia, nem uma comédia indicada ao Globo de Ouro sobreviveu a faxina realizada no ano passado. O foco agora está nas superproduções, e dinheiro para isso não falta.

A empresa tirou o escorpião do bolso e vai gastar US$ 1 bilhão (R$ 3,29 bilhões) para transformar os livros do Senhor dos Anéis em uma série estilo Game of Thrones.

Estima-se que o Prime Video tenha 75 milhões de assinantes em todo o mundo, e mais da metade desse contingente está fora dos Estados Unidos. A Netflix revelou no balanço de 2017 que tem 118 milhões de clientes, 63 milhões fora do território norte-americano.

Prêmios
Apesar da restruturação, a Amazon tem boas e premiadas atrações em seu catálogo. É dela a atual detentora do Emmy de melhor comédia, The Marvelous Mrs. Maisel, sobre uma comediante de stand-up na Nova York dos anos 1950. E Transparent, que narra a vida de um professor transsexual, tem um Globo de Ouro, conquistado em 2015.

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