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MOMENTO DE TRANSFORMAÇÃO

Apesar da fuga do público jovem, TV nunca foi tão assistida, diz Ibope

Andrey Popov/Thinkstock Photo

Casal assiste à filme pela tela 'tradicional': público está envelhecendo, mostra instituto - Andrey Popov/Thinkstock Photo

Casal assiste à filme pela tela 'tradicional': público está envelhecendo, mostra instituto

LUCIANO GUARALDO, em Belo Horizonte

Publicado em 23/8/2017 - 14h15

Cada vez menos o público jovem tem assistido à televisão. Apesar disso, o número de horas que o brasileiro passa diante do televisor nunca foi tão alto. A contradição, que mostra um envelhecimento do espectador, foi apontada nesta quarta-feira (23) em levantamento da Kantar Ibope Media, que mede a audiência da TV no Brasil.

Segundo a Kantar Ibope, a faixa etária que vai dos 4 aos 24 anos correspondia, no primeiro semestre de 2014, a 30% do público de todo o país. No mesmo período de 2017, esse índice caiu para 24,5%. Já a população com mais de 50 anos, que equivalia a 28,8% em 2014, atualmente chega a 36,7%.

"A TV não morreu, ela está só tendo filhos", explica Giovanna Alcantara, diretora comercial regional da Kantar Ibope. Os "filhos", no caso, são as outras telas pelas quais o público acompanha conteúdo, como celulares, tablets e computadores.

A fuga dos mais jovens não provocou a derrocada da televisão. Pelo contrário. No primeiro semestre de 2014, a TV aberta era vista, em média, por 7 horas e 10 minutos diários. Em 2017, o aumento foi de mais de meia hora: 7 horas e 42 minutos. A TV paga também cresceu: de 4 horas e 38 minutos para 4 horas e 52 minutos.

O crescimento das horas passadas em frente à TV acompanha o avanço da chamada segunda tela: segundo a Kantar Ibope, 32% dos brasileiros que acessam simultaneamente TV e internet fazem comentários da programação que veem em suas redes sociais. Reality shows, como o MasterChef, são as atrações mais comentadas, com 32% das atividades; novelas vêm na sequência, com 30%.

"Os conteúdos atuais precisam navegar por todas as plataformas, precisam ser multitelas, ultrapassar o limite de um meio", aponta Giovanna. "Nos últimos cinco anos, começamos a viver intensamente uma revolução. Mas, independentemente do aparelho utilizado, a qualidade do conteúdo ainda é o mais valorizado."

Os dados da Kantar Ibope foram apresentados na manhã desta quarta na MAX (Minas Gerais Audiovisual Expo), feira de fomento à produção criativa brasileira que acontece em Belo Horizonte até sábado (26).

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