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PRÓXIMOS PASSOS

Adeus cartão! Streaming 'pré-pago' e assinatura no fim de semana estão na rota

DIVULGAÇÃO/HBO MAX

Imagem de Eli Brown e Jordan Alexander em cena do reboot de Gossip Girl

Obie (Eli Brown) e Julien (Jordan Alexander) em Gossip Girl; conheça os próximos passos dos streamings

Com o avanço da guerra do streaming, empresas de mídia e de telecomunicações começaram a estudar os próximos passos desta batalha pelo consumidor. Assinaturas sem a necessidade de um cartão de crédito (similares a telefones pré-pagos) e planos flexíveis, que permitam o acesso às plataformas apenas aos finais de semana, já estão na rota deste mercado.

"Como empresa com distribuição, agregamos a experiência de compra do cliente em um único lugar, em uma gestão simplificada para contratar, mudar ou cancelar. Nem todo mundo tem acesso a cartão de crédito. Se a gente for descer na pirâmide no Brasil, conseguir cobrar na fatura ou em uma recarga do cliente é fundamental para popularizar o acesso a este tipo de conteúdo", pontuou João Stricker, diretor de marketing da Tim.

Em palestra no Pay-TV Fórum 2021, o executivo destacou a capilaridade das operadoras como um ativo aos streamings. E, tendo em vista que o acesso à internet é essencial para a utilização destas plataformas, as empresas de telecomunicações aproveitam a presença no mercado nacional para ofertarem pacotes integrados com Netflix, Globoplay, Prime Video, entre outras.

"Do ponto de vista da operadora, nosso papel é facilitar a contratação deste mundo de serviços. As assinaturas dos streamings são muito mais baratas do que uma TV por assinatura tradicional. Então, o acesso pode ser muito maior, mas as formas de contratação ainda são difíceis", ressaltou Stricker.

Os modelos têm que ser pensados de forma um pouco diferente [para o público do pré-pago]. O cliente tradicional do pós-pago tem recorrência, está acostumado a pagar todo mês alguma coisa. O cliente de pré-pago, na sua grande maioria, quer ter a flexibilidade de, naquele momento, não ter e, em outro momento, ter. Os modelos hoje mais tradicionais [dos streamings], que não nasceram em mercados em desenvolvimento, são de compromisso mensal.

Atualmente, Netflix e Globoplay oferecem formas de contratação similares ao modelo pré-pago, com a compra de cartões de recarga em lojas de departamento. No entanto, a maioria destes serviços segue com ofertas atreladas ao uso do cartão de crédito, em especial, quando as assinaturas são realizadas diretamente nos sites das empresas.

"Temos trabalhado com alguns parceiros na elaboração de modelos flexíveis, do ponto de vista de contratação, que não sejam fechados ao longo do mês e que tenham um potencial enorme. Imagina um cliente pré-pago que, durante a semana, não vai querer ter acesso mas, no final de semana, quer sim contratar por um valor X e assistir neste período? Existem experiências fora do Brasil, de streamings que foram para o mobile ou que não têm assinaturas fechadas por um mês, e isso demonstra ter muito sucesso", adiantou o diretor.

Por exemplo, a HBO Max oferece planos específicos para usuários de smartphones e tablets. Quem deseja consumir o conteúdo da plataforma apenas nos dispositivos móveis consegue pagar um valor aproximadamente 30% mais barato do que a assinatura tradicional.

Cadê o dinheiro?

Em um mercado com cada vez mais ofertas disponíveis, além da diferença de conteúdos das plataformas, a flexibilização dos preços é uma alternativa para ampliar o número de usuários.

Segundo levantamento da plataforma de vídeos ZoOme.TV realizado no primeiro trimestre de 2021, caso o consumidor deseje assinar os dez principais serviços de streaming, ele desembolsará R$ 3,4 mil ao ano -- cerca de três salários-mínimos.

"Neste cenário, não é possível perceber um longo futuro para o modelo de assinatura recorrente, pelo menos no streaming. É preciso estar um passo à frente e analisar a movimentação dos usuários, considerando a sua experiência, interesse e, claro, economia. A grande quantidade de plataformas funcionando no mesmo modelo dificulta a situação financeira do público", avaliou Ricardo Kurtz, CEO da ZoOme.TV.

O modelo de assinatura recorrente dessas plataformas é tido como um exemplo para todos os segmentos. Afinal, foi por meio do streaming que o formato se popularizou e provou sua sustentabilidade. A grande questão, porém, é que quando se tem muitos fornecedores ofertando produtos distintos através do mesmo formato, o consumidor acaba se afastando da principal vantagem do modelo: o bom preço pelo conjunto completo do conteúdo.

Kurtz acredita que uma das possibilidades para a sustentabilidade deste mercado e a manutenção do baixo custo aos usuários é a oferta dos conteúdos em pay-per-view, prática já realizada no Big Brother Brasil e em campeonatos esportivos, por exemplo.


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