2ª TEMPORADA
REPRODUÇÃO/RECORD
Mariana Rios apresenta o Ilha Record 2; reality show coleciona péssimos índices de audiência
Desde que estreou, em 18 de julho, a segunda temporada de Ilha Record tem colecionado índices amargos de audiência. A saturação de um reality show atrás do outro, em formatos sempre parecidos, é parte do problema, mas a programação da emissora também não ajuda em nada.
No caso do Big Brother Brasil, por exemplo, o público assistia à novela das nove e já deixava a televisão ligada direto para acompanhar o reality show --algo que também funcionava para o No Limite, exibido apenas duas vezes por semana. Até mesmo o horário do MasterChef Brasil favorece essa dinâmica, bastaria apenas mudar de canal.
Já com o Power Couple, existia um intervalo de 15 minutos entre o fim da novela da Globo e o início do programa da Record, tempo precioso para segurar o público, que tende a se dispersar. Esse intervalo se manteve no caso de Ilha Record, exibida de segunda a sábado. Precisa mostrar muita vontade de acompanhar o reality e encarar parte de Amor Sem Igual (2020), folhetim em reprise que poderia ser facilmente encurtado.
Como se o intervalo não bastasse, são raros os dias que o reality show começa no horário. Na última terça (19), foram 13 minutos de atraso, o que fez com que parte do público desse preferência para o reality culinário da Band.
O formato de barraco, prova e votação, que segue o cronograma do Power Couple, também ficou cansativo, ainda mais com uma transmissão diária. Isso até funcionou no último ano, quando as restrições da pandemia ainda estavam em vigor.
A segunda temporada precisaria se ajustar à nova realidade de que o público não está mais confinado em casa e não tem mais interesse em acompanhar um reality show todos os dias, durante um ano inteiro.
Ilha Record, especificamente, é um formato quase impossível de acompanhar quando se perde um episódio, por causa das regras complicadas e da quantidade de conteúdo. Seria muito mais fácil manter o interesse caso a transmissão acontecesse de duas a três vezes por semana, com uma dinâmica mais simples.
Se a Record não se atentar às necessidades e interesses do público, até mesmo A Fazenda 14, que tem estreia prevista para setembro, pode ser contaminada com a falta de audiência.
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