Renfield: Nicolas Cage se inspirou em mulher papa-anjo para viver Drácula

Um dos personagens mais icônicos da literatura de terror mundial, Drácula já foi levado para o audiovisual dezenas de vezes. Assim, Nicolas Cage buscou referências inusitadas para viver o conde vampiro em Renfield: Dando o Sangue pelo Chefe, comédia em cartaz nos cinemas. Uma delas foi a senhora Robinson, personagem de Anne Bancroft (1931-2005) que seduzia o novinho Dustin Hoffman em A Primeira Noite de um Homem (1967).

"Eu pensei: 'Vamos abrir minhas referências um pouco e olhar algumas das grandes atuações femininas da história que poderiam servir para essa versão do Drácula'", conta Cage em material obtido com exclusividade pelo Notícias da TV. "Meu foco era na relação que a personagem de Anne Bancroft tem com o de Dustin Hoffman no filme. Então, a voz dela começou a aparecer na minha cabeça, algo que me deixou muito feliz."

O Drácula de Cage, afinal, tem uma relação nada saudável com Robert Renfield (Nicholas Hoult), seu fiel servo durante um século. A parceria não é nada romântica --longe disso!--, mas há uma sedução característica dos vampiros para que o conde mantenha seu assistente ao seu lado.

CRÍTICA

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"É um relacionamento tóxico, com abuso físico e verbal. É uma daquelas situações em que mestre e servo têm uma relação de amor e ódio da qual não conseguem sair", define Cage, que faz um alerta:

Aqui, é uma comédia de terror sobrenatural, mas o assunto não é engraçado. Na verdade, é horrível e perturbador! Embora na raiz de tudo exista um amor, há momentos em que é puro abuso. Estamos explorando o lado sombrio das relações humanas, então é desafiador dar um toque cômico para isso.

Nicolas Cage também buscou referências mais clássicas para seu Drácula. Ele passou por Max Schreck (1879-1936), de Nosferatu (1922); por Gary Oldman, de Drácula de Bram Stoker (1992); por Frank Langella, de Drácula (1979); e por Bela Lugosi (1882-1956), o mais célebre intérprete do vampiro no cinema.

"Mas o Drácula que eu acho mais parecido com o meu, em parte porque meu pai se parece tanto com ele, é o de Christopher Lee [1922-2015]. É a atuação que me pareceu mais fácil e natural de acompanhar. Mas, de qualquer maneira, tudo o que estou absorvendo dessas influências passa pelo meu filtro", filosofa o ator à reportagem.

Renfield: Dando o Sangue pelo Chefe já está em cartaz. Confira o trailer: