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Ex-jogadora de vôlei, Jessica Córes volta ao passado para virar biônica na Netflix

Alisson Louback/Netflix

Com roupa de atleta, Jessica Córes tem expressão concentrada em cena do filme Biônicos

Jessica Córes vive a atleta Maria dos Santos no filme Biônicos, que chegou à Netflix na quarta (29)

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 31/5/2024 - 10h00

Depois de roubar a cena na pele da sereia Iara da série Cidade Invisível (2021-2023), Jessica Córes volta à Netflix como a protagonista do filme Biônicos, lançado na quarta-feira (29). A atriz interpreta Maria dos Santos, atleta que dedicou sua vida ao esporte mas vê seu esforço ser ameaçado pela tecnologia --mais especificamente, pela chegada de próteses biônicas que transformam seus usuários em superatletas, capazes de saltar mais alto e correr mais rápido do que qualquer recordista.

O cenário futurista --o longa de Afonso Poyart se passa em 2035-- não é uma realidade tão distante para Jessica, que foi jogadora de vôlei antes de trabalhar como modelo --e, posteriormente, descobriu a atuação.

"Fui me machucando muito, porque o joelho de quem pratica vôlei sofre com o impacto na quadra. Tive que fazer cirurgia no menisco, que hoje é bem mais sutil. Mas eu me senti literalmente biônica depois do processo da cirurgia", lembra a atriz em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.

"Quando eu fui escalada para o filme e vi que íamos falar de tecnologia, fui buscando algumas coisas para me conectar com a Maria, para me sentir como ela. Porque a tecnologia pode nos ajudar também, mas eu tinha o medo que ela tem de não conseguir mais usar o meu corpo."

Além de encontrar a conexão mental com a personagem, Jessica Córes também buscou uma ligação física com a esportista. Ela chegou a contratar um treinador particular de atletismo, além de um coach de atuação, meses antes de começar as filmagens. E, durante os trabalhos, ainda passava seus momentos de descanso estudando os roteiros. "Quando chegava para gravar, eu só precisava respirar, porque tudo já estava dentro de mim", valoriza.

Até nos dias de folga eu pedia para fazer alguma cena (risos). Depois, voltei para fazer uma diária extra; iam usar a dublê no meu lugar e eu não quis. Deixei o meu corpo disponível para a Maria, para executar o que os autores desejavam para a personagem. Foi intenso, denso, desafiador, mas muito gostoso.

Tanto esforço tem motivo: Maria é a primeira protagonista da carreira de Jessica. "Todo mundo deseja ser protagonista, então quando recebi o teste senti uma pressão. Não do diretor, da equipe, dos amigos nem da família; era uma pressão de mim mesma. De realizar meu desejo, de conquistar aquele espaço. Tanto que fiquei tensa só nos testes; depois que fui aprovada, relaxei e me mantive serena até o fim do filme", conta ela.

A dedicação de Jessica também se deve à cor de sua pele. "Atrizes pretas sofrem uma cobrança muito maior, ainda mais como protagonistas. A gente não pode errar nunca. Então, eu me cobro muito. Ainda mais que a gente não tinha esse lugar da mulher preta como estrela de filme de ação. Quero que os meus me vejam e consigam projetar que um lugar melhor é possível. Ser Maria é acreditar que dá para sonhar, vislumbrar um futuro mais positivo", ressalta.

Agora, enquanto o público do mundo todo começa a entrar no universo de Biônicos, a atriz já colhe os frutos de todo o processo e começa a gravar, na semana que vem, o longa Corrida dos Bichos --que o cineasta Fernando Meirelles prepara para o Prime Video.

Trata-se de mais um projeto futurista em que a tecnologia ajuda na construção de um cenário distópico; desta vez, envolvendo o jogo do bicho --que evoluiu e se transformou em uma corrida na qual cada animal é representado por um atleta de parkour em busca de um prêmio milionário. O longa vai reunir Jessica com Bruno Gagliasso, com quem ela contracenou em Biônicos.

Confira o trailer do filme da Netflix, já disponível na plataforma:


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